Os dados do IBGE sobre as vendas do comércio em setembro – segunda queda seguida – apontam para o fato de que já chegou uma “recessão” nas lojas e no bolso dos compradores.
O volume de vendas caiu 1,3%, depois de um queda de 4,3% no mês, anterior, agosto.
Repete a queda que já vem marcando a indústria, que registra índices negativos desde junho.
No campo positivo, sobraram os serviços, mas por muito pouco: o crescimento que se notava desde que começou a passar a 2ª da pandemia reduziu-se a meros 0,5% no mês de agosto e não promete grande coisa para setembro.
É claro, isso vai fazer minguarem mais as expectativas para o crescimento do PIB deste ano, hoje ainda em 4,9%.
É que o terceiro trimestre virá minúsculo, talvez nulo ou negativo, ante o anterior e certamente menor que o do terceiro trimestre do ano passado, o mais forte desde o início da pandemia.
Não é tão importante que vá baixar da previsão – talvez a 4,5%) quanto o fato de que este declínio ocorra no segundo semestre do ano, porque isso indica que este crescimento não se transfere para o seguinte – o que os economistas chamam de carry over.
O cenário econômico de 2020 é recessivo, embora possa ser um pouco Pouco mesmo) menos inflacionário do que o que estamos vivendo, justamente pelo exaurimento da capacidade de compra dos brasileiros.