Quando o caro amigo ou a cara amiga ler ou ouvir a palavra populismo, cuidado.
Em geral, é um adjetivo usado para desqualificar o que é bom para o povo.
Hoje, em editorial, o Estadão diz que o crédito facilitado para que os beneficiários do programa “Minha Casa, Minha Vida” comprem móveis e eletrodomésticos é “um ato populista”.
Porque “o Tesouro terá de subsidiar o novo programa de estímulo ao consumo”.
Curioso é que esse argumento não vale quando quem é estimulado é o capital, não o consumo.
Não há preocupação com quanto sai do Tesouro para bancar a elevação da taxa de juros. Nem com quanto deixa de entrar com o fim do IOF sobre investimentos estrangeiros.
Exigem superávits cada vez maiores, a qualquer preço, no Brasil. Mas os europeus, os EUA, o Japão, todos eles têm déficits astronômicos e ninguém os chama de populistas.
Quando Lula, em 2009, tirou o IPI de uma série de produtos para enfrentar a crise européia também não faltaram críticas deste tipo: populista, irresponsável, eleitoreiro.
E, se não fosse isso, a marolinha teria sido mesmo um tsunami.
O financiamento oferecido ao público do Minha Casa, Minha Vida, além do benefício imensurável que traz à vida doméstica de milhões de brasileiros de baixa renda, tem outros méritos.
Inclusive no combate à inflação.
Ao fixar valores máximos para os produtos elegíveis para a compra, a linha de crédito contribuirá para segurar os preços de várias linhas de consumo. Que empresa desejará, por alguns reais, deixar seus produtos fora dos limites do que pode ser financiado? Além disso, com a alta do dólar, o que é produzido aqui, com custos em real, será mais competitivo, certamente.
A roda da economia vai girar e é isso o que mantém a bicicleta equilibrada.
A finalidade das políticas econômicas é produzir bem estar, não superávits a qualquer custo social.
Isso não é populismo. Isso é considerar a economia um bem de todo o povo, não a economia para os bens de uns poucos.
5 respostas
Bem assim mesmo. Tenho nojo desta casta de metidos a bestas. Estou com raiva dessa impressa nojenta e que ninguém faz nada para freia-los.
Eles não aceitam que sejamos nós a fazer o bem que os brasileiros sempre mereceram e eles nunca quiseram ou tiveram competência para fazer.
E o que é esquecido – propositalmente – que os beneficiários desses programas são, sem dúvida nenhuma, os que mais pagam impostos proporcionalmente falando. Basta conhecer o mínimo de aritmética pra perceber que a aquisição desses eletrodomésticos serão, em parte, subsidiados pelos próprios beneficiários. Por que pouquíssimos paulistas não reclamam do absurdo dos pedágios. Afinal todas aquelas estradas foram pagas com imposto deles e, em alguns casos, com os do resto do Brasil. Não é a União que está financiando parte do grande anel viário da cidade de SP? Entregar um património de bilhões de dólares para um seleto grupo explorar com o compromisso de investir algum dinheiro apenas após estarem com as burras cheias, isso é o quê? Populismo? Ou entreguismo mesmo?
Caro Fernando falando em incetivo e populismo, gostaria de saber se a presidenta sabe do que se passa no Banco do Brasil , no comercial bom para todos feito pelo Janequini, eu sou um pequeno empresario e tentei de todas as formas pegar um financiamento para produção no BB, e advinha o que eles me liberaram, ZERO isso mesmo os critérios que eles pedem para te financiar se você tivesse jamais precisaria de banco, me sinto revoltado porque preciso de credito pra crescer e empregar mais 2 pessoas e não consigo, da vontade de quebrar a TV quando passa os atores lindos o comerciante com sua loja maravilhosa, acho que isso é apenas um sonho.
Boa
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