Na live de ontem, Jair Bolsonaro disse que “já está chegando ao número de 100 mil [mortes]… e vamos tocar a vida, tocar a vida e buscar uma maneira de se safar deste problema”.
A única maneira que tivemos e ainda temos são as restrições ao convívio social e o uso universal de máscaras, exatamente aquilo que Jair Bolsonaro desrespeitou e estimulou a que fosse desrespeitado.
Não, de fato não haveria como evitar milhares de mortes pelo coronavírus, e sim, haveria maneira de evitar muitos outros milhares de mortes, porque precisávamos e precisamos ganhar tempo até que haja uma vacina que nos imunize, mesmo que parcialmente.
Jair Bolsonaro, nesta marcha fúnebre, foi e é um dos instrumentistas da morte, da morte coletiva, da morte genocida.
Levou milhões de pessoas a menosprezarem os riscos – os seus próprios e os que traziam a outros – e contaminou com dúvidas a disciplina com que se poderia enfrentar a pandemia.
Constrangeu e acabou por obrigar governantes locais a cederem às naturais pressões para reaberturas precoces e escondeu-se atrás de uma decisão do STF para exonerar-se de suas responsabilidades.
Como seu mentor Trump, que também coleciona cadáveres, ajudou a arruinar a economia do país, com o prolongamento da crise, ao contrário do que se viu em países que adotaram protocolos rígidos de isolamento.
Jair Bolsonaro naturalizou a morte de 100 mil – talvez 200 mil, até o fim do ano – e fracassou naquilo que, como militar, deveria ser sua obrigação: comandar o país.
Como mau militar que é, porém, foi um péssimo comandante, que expôs seus homens (e mulheres e crianças) ao fogo do vírus, sem defesa ou proteção.
5 respostas
Se morrerem,somente os dele,ficaríamos desabitados,mas é um risco que VALERIA A PENA.
https://www.youtube.com/watch?v=THlayP53jhg&feature=emb_title
Da Lei do Retorno ninguém escapa, aguarde…
Sem esperança. O brasileiro, em sua grande maioria, é o povo mais idiota e manipulável que há, sobretudo os boçalnaristas.
E a chamada usando a capa do Sabbath Heaven and Hell ta perfeita!