Horas depois de ter anunciado um reajuste – cavalar, por sinal, de 5,7% – nos preço do óleo diesel, uma ordem do Palácio do Planalto fez a Petrobras “desanunciá-lo”, dizendo que vai manter os valores “por mais uns dias”.
Vamos ver qual será a reação do “mercado” e de seus porta-vozes jornalisticos diante daquilo que, em 2014, no governo Dilma, chamavam de “populismo” com a política de preços da Petrobras.
Afinal, as razões eram as mesmas: a ameaça de que os combustíveis ajudassem a agravar a ameaça inflacionária que, embora de forma mais discreta – o país está estagnado, afinal – ensaia instalar-se, segundo os últimos índices de aumentos de preços.
Aumento no diesel tem impacto direto na inflação relativamente pequeno, mas com o frete representando em média perto de 5% do custo dos produtos,tende a “contaminar” os preços em geral.
Pior, teria o potencial de catalizar o descontentamento entre os caminhoneiros, tranformados em “donos” das estradas por anos a fio em níveis de extrema visibilidade pública.
É possível que um ou outro colunista reclame contra o “intervencionismo” estatal nos preços dos combustíveis. É o papel de um empresa estatal, que eles só sabem maldizer.
Mas a pressão, apesar do recuo, continua lá: o dólar segue alto e o petróleo, no mercado internacional, dependendo do tipo, sobe de 1 a 1,5%. hoje.
Se o parâmetro, como reafirmou a Petrobras, for a “paridade internacional”, o adiamento por alguns dias do reajuste é apenas o adiamento da encrenca.
12 respostas
Se fosse governo do PT: “populismo”.
Governo apoiado pelo PIG: “dificuldade técnica, que merece uma melhor avaliação”.
Os movimentos dos caminhoneiros que apoiaram a deposição de Dilma e pediram o retorno da ditadura vivem uma encruzilhada interessante: morrer de fome apoiando o miliciano, ou partir pra um tudo, ou nada na base de ameaças constantes.
Até o momento tiram dividendos do passivo de terror gerado na greve de 2018, mas isso não vai durar pra sempre.
O psicopata pretende vender a BR e aí o mercado é que terá o controle de preços dos combustíveis.
Vão fazer gesto de arminha no posto para encher o tanque do caminhão?
Foram só 100 dias de pesadelo, muito coisa ruim ainda vem por aí.
Esse movimento de uma categoria historicamente desorganizada só se viabilizou com a tecnologia dos smartphones e redes sociais.
A extrema-direita, certamente com ajuda de setores da inteligência militar e pupilos do Steve Bannon, souberam muito bem instrumentalizar esse tipo de coisa. Em 49 anos de vida, nunca tinha visto uma greve de caminhoneiros dessa magnitude.
Quando a Dilma dava subsídios ao Diesel gritaram e esbravejaram. Vai entender esse povo.
De minha parte, vou comprar veículo à Diesel, já que tenho certeza que não vai subir depois dessa
O problema é que o apetite do segundo escalão, que tem padrinho no mercado, é demasiado voraz e não há nenhuma noção de comedimento estratégico do tipo maquiavélico, para explorar mais devagar e sempre, até dar no osso sem deixar gritar. O consumidor, que nasceu e se tornou gigante em outra situação gerencial, tem poder e pode paralisar o país. Como deixar de ser implacável, quando se afasta o gerenciamento estatal e se joga por vontade própria nos braços frios do comércio livre internacional? Os do segundo escalão querem tudo aqui e agora, e o freio contra eles (uma mancha para a pureza ortodoxa do neo-liberalismo) não apenas se torna obrigatório, mas é um indício de que o Estado ainda tem o freio em suas mãos. Se o comando do golpe deixar, eles fumam charuto dentro do paiol de pólvora, e… Adeus, golpe!
Em 2010, o Messias chamava o bolsa-família de bolsa-farelo. Mas agora… é o mesmo caso. Antes era “populismo”, agora…
Sobre a inflação um resgate da memória de outros tempos de estagnação econômica, quando convivíamos com uma situação cujo nome, inventado por algum economista, é há muito esquecido: a estagflação.
Ocorre quando temos a combinação de uma economia estagnada e altas taxas de inflação. Como? pergunta-se, se não há demanda para amparar aumentos de preço? Simples, As empresas tem um custo fixo, que por ser “fixo” tem limites de redução, Se a venda não alcança o mínimo para cobrir os custos fixos as empresas aumentam preços, inevitavelmente. Então suge a tal inflação de custos, outra esquecida no tempo. O resultado é aumento de preços em cadeia sem que haja aquecimento da economia. Bagunça geral.
A inflação só não aumentou por falta de demanda, mas falta de demanda tambem aumenta os custos para a mesma produção,, assim o incompetente do Paulo Guedes economista com viseira de cavalo só tem um bla, bla, bla. corta, corta e corta, reduz a capacidade de compra do povo e entra em cículo vicioso, derruba mais a demanda. Burro. Mas ele está muito bem pessoalmente, logo é mais esperto do que burro.
O negócio é que o País que essa gente tem como parâmetro (EUA), subsidia água, luz, produtos agrícolas, petróleo e etc,. com dinheiro de impostos, mas faz essas antas pensarem que o neoliberalismo funciona e esses cabeças ocas tentam implantar nos seus países e quebram a cara. O liberalismo foi criado por John Locke a 400 anos, se fosse essa maravilha toda era só adotá-lo que todos os países seriam mega desenvolvidos.
Alguém, por favor, avise a Ana Hickman que os preços dos produtos no supermercado e gás de cozinha provavelmente sofrerão mais reajustes.