Alckmin, não se esconda atrás da memória de Covas

Ridícula a defesa do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, de mandar um secretário dizer à imprensa que as denúncias do caso Siemens são “pura calúnia” para “enxovalhar”  a memória do ex-governador Mario Covas.

Muito menos dizer que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) está sendo usado de forma política.

Investigar a formação de cartéis é não apenas tarefa do Cade, é sua própria razão de existir.

Ninguém acusou Mario Covas de organizar a tramóia, poucos meses antes de seu afastamento do governo, por doença.

Mas a tramóia certamente seguiu debaixo do nariz de Geraldo Alckmin nos quase seis anos que passou no Palácio dos Bandeirantes.

O que Alckmin deveria estar fazendo, se acha tudo uma “calúnia” é mandar investigar e apontar os responsáveis pelo incêndio, ocorrido no dia 9 de junho de 2012 – em sua gestão, portanto – que destruiu uma montanha de papéis referentes a contratos antigos do Metrô.

Não é nenhum “blog sujo” ou adversário político que está dizendo que houve o propinoduto. É  a Siemens, uma imensa multinacional com quem seu governo manteve muitos e milionários negócios.

Ou será que o crime não é o cartel, o superfaturamento e a corrupção, mas a sua divulgação ao público?

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