Moro corre atrás de pedaços do bolsonarismo perdidos

Nelson Mandetta, que nunca foi candidato a presidente para valer, deixou de sê-lo.

“Morou”, por ordens de ACM Neto e Luciano Bivar, donos do tal “União Brasil”, um guisado de DEM e do PSL, onde cabe tudo, e que já se oferece para ser o “Centrão do Moro”, deixando Arthur Lira e Waldemar da Costa Neto serem o “Centrão do Jair”.

Vai tentar “pescar” uma vaga de vice – para o que não tem muita chance com Moro – – ou obter uma cadeira de deputado federal em Mato Grosso do Sul, para o que talvez não tenha o beneplácito da família Trad, o ramo oligárquico do Estado ao qual sempre esteve ligado.

É o primeiro passo no programa de “fagocitose” de Moro para a terceira via: pegará os cacos do PSDB e os dissidentes do bolsonarismo. Ou, pelo menos, tentará fazê-lo.

E os 11% de intenções de votos – o que seria o índice obtido em pesquisas particulares que seu grupo encomendou – ajudariam nisso, uma vez que a escassez de popularidade campeia no “reino da 3ª via”.

O que é, aproximadamente, um quarto dos índices de Lula e a metade dos de Bolsonaro, porém.

E é de Bolsonaro que tem de tirá-los, à medida em que escasseiam os votos “desgarrados”.

Os seus planos passam, essencialmente, por conseguir alianças em Minas e em São Paulo, onde Bolsonaro não possui forças próprias de peso. No Rio, com o poder das milícias, é mais difícil capturá-los.

Entre os mineiros, oferecerá mundos e fundos a Romeu Zema, único governador do Novo, disputando-o com Bolsonaro.

Em São Paulo, a chave é Geraldo Alckmin. E, se não a tiver, ninguém descarte uma aliança com João Dória, que livraria o governador paulista de uma derrota tão grande ou maior que a do seu traído patrono em 2018.

O problema é que Moro é ruim de jogo na política e isso parece desafio demais para ele.

Sem números fortes em seu cartão de visita – e parece que não será fácil tê-los – terá água, cafezinho, fotos sorridentes, e não mais que isso.

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