Alckmin perdeu a serventia?

Dois dias depois de denunciar Fernando Haddad numa peça sem pé nem cabeça, o Ministério Público de São Paulo faz o mesmo com Geraldo Alckmin.

É verdade que, desta vez, sem lançar mão de teorias delirantes sobre “domínio do fato” ou “caracterização presumida do crime”, como se pode ver no original da ação (aqui, aqui e aqui).

E há, também, contradição entre o que disse, duas vezes, o advogado de Alckmin – que houve uma reunião “protocolar” entre o hoje candidato e a direção da Odebrecht e a negativa do ex-governador, em depoimento – que isto haja ocorrido.

Resta ver de que tipo de provas as alegações são acompanhadas.

Mas o timming eleitoral é mais que evidente e nisso as alegações de Geraldo Alckmin estão cobertas de razão.

E, claro, tudo tem significado.

Talvez seja fruto do convencimento de que “Geraldo não vai” e funcionar como cobertura para “legitimar” a ofensiva contra Fernando Haddad.

Em condições normais, algo impensável, mas com o grau de politização eleitoral do Ministério Público e do Judiciário, que não se duvide.

Hoje, na Folha, Brian Winter, editor da revista  Americas Quarterly pergunta “Por que tanta gente em Wall Street torce por Bolsonaro?“, em artigo  onde dá boas pistas sobre o que se passa com o dinheiro, bússola que vale por ali.

A Avenida Paulista, como se sabe, faz esquina com a famosa rua nova-iorquina, onde o dinheiro nunca dorme.

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