Alto o coqueiro, vem tombo maior

A reportagem do Valor, agora cedo, dizendo que o Auxílio emergencial supera em 61% a perda na renda familiar, diz estudo é algo que deveria estar fazendo parte das análises econômicas para quem olha para o fim – irremediável, mesmo que por milagre algo venha a ser reposto depois – do auxílio emergencial em dezembro.

Não é inédito, pois isso já havia sido detectado pelo Ipea e pelo IBGE em agosto, mas coloca, para a estimativas de cenário a seguinte questão: como a injeção de recursos no consumo das famílias via auxílio superou – e muito – as suas perdas de renda na pandemia, mesmo uma recuperação quase total da atividade econômica aos níveis pré-Covid vai fazer com que o fim do auxílio emergencial signifique uma queda absurdamente brutal na atividades de comercio e de serviços.

Embora vá explodir em janeiro, os efeitos disso começam a ser sentidos agora, quando benegiciários do Bolsa Família que, na pandemia de coronavírus, depois de cinco parcelas de R$ 600 (que chegou a R$ 1.200 para mães chefes de família), passam a receber R$ 300.

De hoje ao dia 30, perto de 40 milhões de pesoas (12,6 milhões de famílias) vão ter esta estúpida perda de renda. E poir, de uma renda que se reverte quase toda para alimentos, contas de serviços públicos e, quando havia folga, material de construção.

O que já está ruim vai ficar pior.

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