Aragão e o retrato do caráter de Janot

aragaojanot

Eu ia escrever sobre o final da cena circense dos procuradores da Lava Jato, uns rapazes arrogantes, que não acusam com fatos, mas com uma adjetivação feroz e autoritária, transformando suas convicções (ou seus conceitos previamente formulados).

Mas, quando li no Blog do Marcelo Auler a carta aberta de do ex-vice-procurador geral e ex-Ministro da Justiça, Eugênio Aragão a Rodrigo Janot achei melhor publicá-la também, com um ligeiro comentário.

Poucas vezes o caráter de um homem foi tão reveladoramente desnudado como foi o do Procurador Geral da República.

Janot não é o chefe da PGR, escolheu reduzir-se a um homem que se subordina à um grupo de prepotentes que se assenhoreou da instituição.

Um documento para ficar para a história

Carta aberta de Eugênio Aragão a Rodrigo Janot

“Praecepta iuris sunt haec: honeste vivere, alterum non laedere, suum cuique tribuere” (Ulpiano)
“Os preceitos do direitos são estes: viver honestamente, não lesar a outrem, dar a cada um o que é seu.” (Ulpiano)

“Disse o Senhor Procurador-Geral da República por ocasião da posse da nova presidente do STF, Ministra Carmen Lúcia, que se tem “observado diuturnamente um trabalho desonesto de desconstrução da imagem de investigadores e de juízes. Atos midiáticos buscam ainda conspurcar o trabalho sério e isento desenvolvido nas investigações da Lava Jato”.

Visto a carapuça, Doutor Rodrigo Janot. E lhe respondo publicamente, por ser esse o único meio que me resta para defender a honestidade de meu trabalho, posta em dúvida, também publicamente, pelo Senhor, numa ocasião solene, na qual jamais alcançaria o direito de resposta.

O Senhor sabe o quanto tenho sido ostensivamente crítico da forma de agir estrambólica dos agentes do Estado, perceptível, em maior grau, desde a Ação Penal 470, sob a batuta freisleriana do Ministro Joaquim Barbosa.

Aliás, antes de ser procurador-geral, o Senhor compartilhava comigo, em várias conversas pessoais, minha crítica, dirigida, até mesmo, ao Procurador-Geral da República de então, Doutor Gurgel. Lembro-me bem de suas opiniões sobre a falta de noção de oportunidade de Sua Excelência, quando denunciou o Senador Renan Calheiros em plena campanha à presidência do Senado.

Lembro-me, também, de nossa inconformação solidária contra as injustiças perpetradas na Ação Penal 470 contra nosso (grifo do original) amigo José Genoíno.

“Não foi uma só vez que o Senhor contou que seus antecessores sabiam da inocência de Genoíno, mas não o retiraram da ação penal porque colocaria em risco o castelo teórico do “Mensalão”, como empreitada de uma quadrilha, da qual esse nosso amigo tinha que fazer parte, para completar o número”.

Por sinal, conheci José Genoíno em seu apartamento, na Asa Sul, quando o Senhor e eu dirigíamos em parceria a Escola Superior do Ministério Público da União. Àquela ocasião, já era investigado, senão denunciado, por Doutor Antônio Fernando.

Janot, conforme explica Aragão na carta, tinha consciência da inocência de José Genoino com quem conversava e até oferecia almoços e jantares que o próprio Janot cozinhava em sua casa.

Admirei a sua coragem, Doutor Rodrigo, de não se deixar intimidar pelos arroubos midiáticos e jurisdicionais vindas do Excelso Sodalício. Com José Genoíno travamos interessantes debates sobre o futuro do País, sobre a necessidade de construção de um pensamento estratégico com a parceria do ministério público.

Tornou-se, esse político, então, mais do que um parceiro, um amigo, digno de ser recebido reiteradamente em seu lar, para se deliciar com sua arte culinária. De minha parte, como não sou tão bom cozinheiro quanto o Senhor, preferia encontrar, com frequência, Genoíno, com muito gosto e admiração pela pessoa simples e reta que se me revelava cada vez mais, no restaurante árabe do Hotel das Nações, onde ele se hospedava. Era nosso point.

Cá para nós, Doutor Rodrigo Janot, o Senhor jamais poderia se surpreender com meu modo de pensar e de agir, para chamá-lo de desonesto. O Senhor me conhece há alguns anos e até me confere o irônico apelido de “Arengão”, por saber que não fujo ao conflito quando pressinto injustiça no ar. Compartilhei esse pressentimento de injustiça com o Senhor, já quando era procurador-geral e eu seu vice, no Tribunal Superior Eleitoral.

Compartilhei meus receios sobre os desastrosos efeitos da Lava Jato sobre a economia do País e sobre a destruição inevitável de setores estratégicos que detinham insubstituível ativo tecnológico para o desenvolvimento do Brasil. Da última vez que o abordei sobre esse assunto, em sua casa, o Senhor desqualificou qualquer esforço para salvar a indústria da construção civil, sugerindo-me que não deveria me meter nisso, porque a Lava Jato era “muito maior” do que nós.

Mas continuemos no flash-back.

Tinha-o como um amigo, companheiro, camarada. Amigo não trai, amigo é crítico sem machucar, amigo é solidário e sempre tem um ouvido para as angústias do outro.

Lutamos juntos, em 2009, para que Lula indicasse Wagner Gonçalves procurador-geral, cada um com seus meios. Os meus eram os contatos sólidos que tinha no governo pelo meu modo de pensar, muito próximo ao projeto nacional que se desenvolvia e que fui conhecendo em profundidade quando coordenador da 5ª Câmara de Coordenação e Revisão da PGR, que cuidava da defesa do patrimônio público.

Ficamos frustrados quando, de última hora, Lula, seguindo conselhos equivocados, decidiu reconduzir o Doutor Antônio Fernando.

Em 2011, tentamos de novo, desta vez com sua candidatura contra Gurgel para PGR.

Na verdade, sabíamos que se tratava apenas de um laboratório de ensaio, pois, com o clamor público induzido pelos arroubos da mídia e os chiliques televisivos do relator da Ação Penal 470, poucas seriam as chances de, agora Dilma, deixar de indicar o Doutor Gurgel, candidato de Antônio Fernando, ao cargo de procurador-geral.

Ainda assim, levei a missão a sério. Fui atrás de meus contatos no Planalto, defendi seu nome com todo meu ardor e consegui, até, convencer alguns, mas não suficientes para virar o jogo.

Mas, vamos em frente.

Em 2013, quando o Senhor se encontrava meio que no ostracismo funcional porque ousara concorrer com o Doutor Gurgel, disse-me que voltaria a concorrer para PGR e, desta vez, para valer.

Era, eu, Corregedor-Geral do MPF e, com muito cuidado, me meti na empreitada. Procurei o Doutor Luiz Carlos Sigmaringa Seixas, meu amigo-irmão há quase trinta anos, e pedi seu apoio a sua causa.

Procurei conhecidos do PT em São Paulo, conversei com ministros do STF com quem tinha contatos pessoais. Enquanto isso, o Senhor foi fazendo sua campanha Brasil afora, contando com o apoio de um grupo de procuradores e procuradoras que, diga-se de passagem, na disputa com Gurgel tinham ficado, em sua maioria, com ele.

Incluía, até mesmo, o pai da importação xinguelingue ( Gíria paulista: produto barato que vem da China, geralmente de baixíssima qualidade) da teoria do domínio do fato, elaborado por Claus Roxin no seu original, mas completamente deturpada na Pindorama, para se transmutar em teoria de responsabilidade penal objetiva.

Achava essa mistura de apoiadores um tanto estranha, pois eu, que fazia o trabalho de viabilizar externamente seu nome, nada tinha em comum com essa turma em termos de visão sobre o ministério público.

Como o Senhor sabe, no início de 2012, publiquei, numa obra em “homenagem” ao então Vice-Presidente da República, Michel Temer, um artigo extremamente polêmico sobre as mutações disfuncionais por que o ministério público vinha passando.

Esse artigo, reproduzido no Congresso em Foco, com o título “Ministério Público na Encruzilhada: Parceiro entre Sociedade e Estado ou Adversário implacável da Governabilidade?”, quando tornado público, foi alvo de síncopes corporativas na rede de discussão @Membros.

Faltaram querer me linchar, porque nossa casa não é democrática. Ela se rege por um princípio de omertà muito próprio das sociedades secretas. Mas não me deixei intimidar.

Depois, ainda em 2013, publiquei outro artigo, em crítica feroz ao movimento corporativo-rueiro contra a PEC 37, também no Congresso em Foco, com o título “Derrota da PEC 37: a apropriação corporativa dos movimentos de rua no Brasil”.

(N.R. A PEC 37, derrotada na Câmara em junho de 2013, determinava que o poder de investigação criminal seria exclusivo das polícias federal e civis, retirando esta atribuição de alguns órgãos e, sobretudo, do Ministério Público (MP).

Sua turma de apoio me qualificou de insano, por escrever isso em plena campanha eleitoral do Senhor. Só que se esqueceram que meu compromisso nunca foi com eles e com o esforço corporativo de indicar o Procurador-Geral da República por lista tríplice.Sempre achei esse método de escolha do chefe da instituição um grande equívoco dos governos Lula e Dilma.

Meu compromisso era com sua indicação para o cargo, porque acreditava na sua liderança na casa, para mudar a cultura do risco exibicionista de muitos colegas, que afetava enormemente a qualidade de governança do País.

No seu caso, pensava, a coincidência de poder ser o mais votado pela corporação e de ter a qualidade da sensibilidade para com a política extra-institucional, era conveniente, até porque a seu lado, poderia colaborar para manter um ambiente de parceria com o governo e os atores políticos.

Não foi por outro motivo que, quando me deu a opção, preferi ocupar a Vice-Procuradoria-Geral Eleitoral a ocupar a Vice-Procuradoria-Geral da República que, a meu ver, tinha que ser destinada à Doutora Ela Wiecko Volkmer de Castilho, por deter, também, expressiva liderança na casa e contar com boa articulação com o movimento das mulheres. Este foi um conselho meu que o Senhor prontamente atendeu, ainda antes de ser escolhido.

Naqueles dias, a escolha da Presidenta da República para o cargo de procurador-geral estava entre o Senhor e a Doutora Ela, pendendo mais para a segunda, por ser mulher e ter tido contato pessoal com a Presidenta, que a admirava e continua admirando muito.

Ademais, Doutora Ela contava com o apoio do Advogado-Geral da União, Doutor Luís Inácio Adams. Brigando pelo Senhor estávamos nós, atuando sobre o então Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo e o amigo Luiz Carlos Sigmaringa Seixas.

Quando ouvimos boatos de que a mensagem ao Senado, com a indicação da Doutora Ela, estava já na Casa Civil para ser assinada, imediatamente agi, procurando o Ministro Ricardo Lewandowski, que, após recebê-lo, contatou a Presidenta para recomendar seu nome.

No dia em que o Senhor foi chamado para conversar com a Presidenta, fui consultado pelo Ministro da Justiça e pelo Advogado-Geral da União, pedindo que confirmasse, ou não, que seu nome era o melhor. Confirmei, em ambos os contatos telefônicos.

Na verdade, para se tornar Procurador-Geral da República, o Senhor teve que fazer alianças contraditórias, já que não aceitaria ser nomeado fora do método de escolha corporativista.

Acendeu velas para dois demônios que não tinham qualquer afinidade entre si: a corporação e eu.

Da primeira precisou de suporte para receber seus estrondosos 800 e tantos votos e, de mim, para se viabilizar num mundo em que o Senhor era um estranho. Diante do meu receio de que essa química poderia não funcionar, o Senhor me acalmou, dizendo que nós nos consultaríamos em tudo, inclusive no que se tinha a fazer na execução do julgado da Ação Penal 470, que, a essa altura, já estava prestes a transitar.

O dia de sua posse foi, para mim, um momento de vitória. Não uma vitória pessoal, mas uma vitória do Estado Democrático de Direito que, agora, teria um chefe do ministério público enérgico e conhecedor de todas as mazelas da instituição. Sim, tinha-o como o colega no MPF que melhor conhecia a política interna, não só pelos cargos que ocupara, mas sobretudo pelo seu jeitão mineiro e bonachão de conversar com todos, sem deixar de ter lado e ser direto, sincero, às vezes até demais.

Seu déficit em conhecimento do ambiente externo seria suprido com o exercício do cargo e poderia, eu, se chamado, auxiliá-lo, assim como Wagner Gonçalves ou Claudio Fonteles.

Meu susto se deu já no primeiro mês de seu exercício como procurador-geral. Pediu, sem qualquer explicação ou conversa prévia com o parceiro de que tanto precisou para chegar lá, a prisão de José Genoíno. E isso poucos meses depois de ele ter estado com o Senhor como amigo in pectore.

Eu não tenho medo de assumir que participei desses contatos. Sempre afirmei publicamente a extrema injustiça do processo do “Mensalão” no que toca aos atores políticos do PT. Sempre deixei claro para o Senhor e para o Ministro Joaquim Barbosa que não aceitava esse método de exposição de investigados e réus e da adoção de uma transmutação jabuticaba da teoria do domínio do fato.

Defendi José Genoíno sempre, porque, para mim, não tem essa de abrir seu coração (e no seu caso, a sua casa) a um amigo e depois tratá-lo como um fora da lei, sabendo-o inocente.

Tentei superar o choque, mas confesso que nunca engoli essa iniciativa do Senhor.

Acaso achasse necessário fazê-lo, deveria ter buscado convencer as pessoas às quais, antes, expressou posição oposta. E, depois, como José Genoino foi reiteradamente comensal em sua casa, nada custava, em último caso, dar-se por suspeito e transferir a tarefa do pedido a outro colega menos vinculado afetivamente, não acha?

Como nosso projeto para o País era maior do que minha dor pela injustiça, busquei assimilar a punhalada e seguir em frente, sabendo que, para terceiros, o Senhor se referia a mim como pessoa que não podia ser envolvida nesse caso, por não ter isenção.

E não seria mesmo envolvido. Nunca quis herdar a condução da Ação Penal 470, para mim viciada ab ovo, e nunca sonhei com seu cargo. Sempre fui de uma lealdade canina para com o Senhor e insistia em convencer, a mim mesmo, que sua atitude foi por imposição das circunstâncias. Uma situação de “duress”, como diriam os juristas anglo-saxônicos.

Mas chegou o ano 2014 e, com ele, a operação Lava Jato e a campanha eleitoral. Dois enormes desafios. Enquanto, por lealdade e subordinação, nenhuma posição processual relevante era deixada de lhe ser comunicada no âmbito do ministério público eleitoral, no que diz respeito à Lava Jato nada me diziam, nem era consultado.

O Senhor preferiu formar uma dupla com seu chefe de gabinete, Eduardo Pelella, que tudo sabia e em tudo se metia e, por isso, chamado carinhosamente de “Posto Ipiranga”. Era seu direito e, também por isso, jamais o questionei a respeito, ainda que me lembrasse das conversas ante-officium de que sempre nos consultaríamos sobre o que era estratégico para a casa.

Passei a perceber, aos poucos, que minha distância, sediado que estava fora do prédio, no Tribunal Superior Eleitoral, era conveniente para o Senhor e para seu grupo que tomava todas as decisões no tocante à guerra política que se avizinhava.

Não quis, contudo, constrangê-lo. Tinha uma excelente equipe no TSE. Fazia um time de primeira com os colegas Luiz Carlos Santos Gonçalves, João Heliofar, Ana Paula Mantovani Siqueira e Ângelo Goulart e o apoio inestimável de Roberto Alcântara, como chefe de gabinete. Não faltavam problemas a serem resolvidos numa das campanhas mais agressivas da história política do Brasil. Entendi que meu papel era garantir que ninguém fosse crucificado perante o eleitorado com ajuda do ministério público e, daí, resolvemos, de comum acordo, que minha atuação seria de intervenção mínima, afim de garantir o princípio da par conditio candidatorum.

Quando alguma posição a ser tomada era controversa, sempre a submeti ao Senhor e lhe pedi reiteradamente que tivesse mais presença nesse cenário. Fiquei plantado em Brasília o tempo todo, na posição de bombeiro, evitando que o fogo da campanha chegasse ao judiciário e incendiasse a corte e o MPE. As estatísticas são claras. Não houve nenhum ponto fora da curva no tratamento dos contendentes.

Diferentemente do que o Senhor me afirmou, nunca tive briga pessoal com o então vice-presidente do TSE. Minha postura de rejeição de atitudes que não dignificavam a magistratura era institucional.

E, agora, que Sua Excelência vem publicamente admoestá-lo na condução das investigações da Lava Jato, imagino, suas duras reações na mídia também não revelam um conflito pessoal, mas, sim, institucional. Estou certo? Portanto, nisso estamos no mesmo barco, ainda que por razões diferentes.

Passada a eleição, abrindo-se o “terceiro turno”, com o processo de prestação de contas da Presidenta Dilma Rousseff que não queria e continua não querendo transitar em julgado apesar de aprovado à unanimidade pelo TSE e com as ações de investigação judicial e de impugnação de mandato eleitoral manejadas pelo PSDB, comecei, pela primeira vez, a sentir falta de apoio.

Debitava essa circunstância, contudo, à crise da Lava Jato que o Senhor tinha que dominar. As vezes que fui chamado a assinar documentos dessas investigações, em sua ausência, o fiz quase cegamente. Lembrava-me da frase do querido Ministro Marco Aurélio de Mello, “cauda não abana cachorro”.

Só não aceitei assinar o parecer do habeas corpus impetrado em favor de Marcelo Odebrecht com as terríveis adjetivações da redação de sua equipe. E o avisei disso. Não tolero adjetivações de qualquer espécie na atuação ministerial contra pessoas sujeitas à jurisdição penal.

Não me acho mais santo do que ninguém para jogar pedra em quem quer que seja. Meu trabalho persecutório se resume à subsunção de fatos à hipótese legal e não à desqualificação de Fulano ou Beltrano, que estão passando por uma provação do destino pelo qual não tive que passar e, por conseguinte, não estou em condições de julgar espiritualmente.

Faço um esforço de me colocar mentalmente no lugar deles, para tentar entender melhor sua conduta e especular sobre como eu teria agido. Talvez nem sempre mais virtuosamente e algumas vezes, quiçá, mais viciadamente.

Investigados e réus não são troféus a serem expostos e não são “meliantes” a serem conduzidos pelas ruas da vila “de baraço e pregão” (apud Livro V das Ordenações Filipinas). São cidadãos, com defeitos e qualidades, que erraram ao ultrapassar os limites do permissivo legal. E nem por isso deixo de respeitá-los.

Fui surpreendido, em março deste ano, com o honroso convite da senhora Presidenta democraticamente eleita pelos brasileiros, Dilma Vana Rousseff, para ocupar o cargo de Ministro de Estado da Justiça.

Imagino que o Senhor não ficou muito feliz e até recomendou à Doutora Ela Wiecko a não comparecer a minha posse. Aliás, não colocou nenhum esquema do cerimonial de seu gabinete para apoiar os colegas que quisessem participar do ato. Os poucos (e sinceros amigos) que vieram tiveram que se misturar à multidão.

A esta altura, nosso contato já era parco e não tinha porque fazer “mimimi” para exigir mais sua atenção. Já estava sentindo que nenhum de nossos compromissos anteriores a sua posse como procurador-geral estavam mais valendo.

O Senhor estava só monologando com sua equipe de inquisidores ministeriais ferozes. Essa é a razão, meu caro amigo Rodrigo Janot, porque não mais o procurei como ministro de forma rotineira. Estive com o Senhor duas vezes apenas, para tratar de assuntos de interesse interinstitucional.

E quando voltei ao Ministério Público Federal, Doutor Rodrigo Janot, não quis mais fazer parte de sua equipe, seja atuando no STF, seja como coordenador de Câmara, como me convidou. Prontamente rejeitei esses convites, porque não tenho afinidade nenhuma com o que está fazendo à frente da Lava Jato e mesmo dentro da instituição, beneficiando um grupo de colaboradores em detrimento da grande maioria de colegas e rezando pela cartilha corporativista ao garantir a universalidade do auxilio moradia concedida por decisão liminar precária.

Na crítica à Lava Jato, entretanto, tenho sido franco e assumido, com risco pessoal de rejeição interna e externa, posições públicas claras contra métodos de extração de informação utilizados, contra vazamentos ilegais de informações e gravações, principalmente em momentos extremamente sensíveis para a sobrevida do governo do qual eu fazia parte, contra o abuso da coerção processual pelo juiz Sérgio Moro, contra o uso da mídia para exposição de pessoas e contra o populismo da campanha pelas 10 medidas, muitas à margem da constituição, propostas por um grupo de procuradores midiáticos que as transformaram, sem qualquer necessidade de forma, em “iniciativa popular”.

Nossa instituição exibe-se, assim, sob a sua liderança, surfando na crise para adquirir musculatura, mesmo que isso custe caro ao Brasil e aos brasileiros.

Vamos falar sobre honestidade, Senhor Procurador-Geral da República.

A palavra consta do brocardo citado no título desta carta aberta.

O Senhor não concorda e não precisa mais concordar com minhas posições críticas à atuação do MPF.

Nem tem necessidade de uma aproximação dialógica. Já não lhe sirvo para mais nada quando se inicia o último ano de seu mandato.

Mas , depois de tudo que lhe disse aqui para refrescar a memória, o Senhor pode até me acusar de sincericídio, mas não mais, pois a honestidade (honestitas), que vem da raiz romana honor, honoris, esta, meu pai, do Sertão do Pajeú, me ensinou a ter desde pequeno. Nunca me omiti e não me omitirei quando minha cidadania exige ação.

Procuro viver com honra e, por isto, honestamente, educando seis filhos a comer em pratos Duralex, usando talheres Tramontina e bebendo em copo de requeijão, para serem brasileiros honrados, dando valor à vida simples.

Diferentemente do Senhor, não fiquei calado diante das diatribes políticas do Senhor Eduardo Cunha e de seus ex-asseclas, que assaltaram a democracia, expropriando o voto de 54 milhões de brasileiros, pisoteando-os com seus sapatinhos de couro alemão importado. Não fui eu que assisti uma Presidenta inocente ser enxovalhada publicamente como criminosa, não porque cometeu qualquer crime, mas pelo que representa de avanço social e, também, por ser mulher.

O Senhor ficou silente, apesar de tudo que conversamos antes de ser chamado a ser PGR. E ficou aceitando a pilha da turma que incendiava o País com uma investigação de coleta de prova de controvertido valor.

Eu sou o que sempre fui, desde menino que militou no Movimento Revolucionário 8 de Outubro. E o Senhor? Se o Senhor era o que está sendo hoje, sinto-me lesado na minha boa fé (alterum non laedere, como fica?). Se não era, o que aconteceu?

“A Lava Jato é maior que nós”?

Esta não pode ser sua desculpa. Tamanho, Senhor Procurador-Geral da República, é muito relativo. A Lava Jato pode ser enorme para quem é pequeno, mas não é para o Senhor, como espero conhecê-lo. Nem pode ser para o seu cargo, que lhe dá a responsabilidade de ser o defensor maior do regime democrático (art. 127 da CF) e, devo-lhe dizer, senti falta de sua atuação questionando a aberta sabotagem à democracia. Por isso o comparei a Pilatos. Não foi para ofendê-lo, mas porque preferiu, como ele, lavar as mãos.

Mas fico por aqui. Enquanto trabalhei consigo, dei-lhe o que lhe era de direito e o que me era de dever: lealdade, subordinação e confiança (suum cuique tribuere, não é?). E, a mim, o Senhor parece também ter dado o que entende ser meu: a acusação de agir desonestamente. Não fico mais triste. A vida nos ensina a aceitar a dor como ensinamento. Mas isso lhe prometo: não vou calar minha crítica e, depois de tudo o que o Senhor conhece de mim, durma com essa.

Um abraço sincero daquele de quem esteve anos a fio a seu lado, acreditando consigo num projeto de um Brasil inclusivo, desenvolvido, economicamente forte e respeitado no seio das nações, com o Ministério Público como ativo parceiro nessa empreitada.

 

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64 respostas

  1. Incrível como a Dilma manteve o Ze Cardozo como ministro da Justiça por 5 anos e só no finzinho nomeou o Aragão. Só podia ter dado no que deu. A história seria diferente.

    1. Ja eu não entendo como a Dilma reconduziu o Dr. Janot, por mais dois anos?

      Alias o Lula e a Dilma pecaram com as escolhas e recondução dos procuradores.

      Agora o que vemos e so espetaculos nas midias golpitas, e condenação de inocentes sem provas.

      Agora nãa é somente um ponto fora da curva é uma ponte em cima do pessoal do PT.

      1. Gente, veja que o Aragao foi ferrenho defensor do Janot, seu amigo que no final o traiu sem o menor pudor. Dilma na verdade confiou no Aragao porque ela nao era amiguinha deles; é preciso ler o desabafo do Aragao longe das idéias fixas e acusaçoes parciais nao ? Deu muito bem pra entender como era e como é impossivel nomear alguém de confiança; os caras trocam de casaca conforme a dança, assim carater e coerência ainda ficam do lado da Dilma que parece ter pensado antes na Ela.

      2. Só uma palavra para poder justificar isso daí: soberba!!! O poder deixa as pessoas sem a noção exata do perigo… se acham mais fortes que seus inimigos, então por que temê-los??? Foi isso, não há outra coisa que possa justificar… tentaram contrariar o que pregava Maquiavel e se deram mal… aliás, o mal, até o presente instante, está ganhando de goleada… só mesmo no Brasil… ou será que é no mundo inteiro???

        1. Eu imagino que se iludiram com esta estorinha que as “instituições estão funcionando” e são honestas. O que se configurou é que as instituições não funcionam e são absolutamente corruptas.

    2. “A lava-jato é maior que nós”. Faltou complementar – além de maior foi gestada e é gerida pelo Dptº de Estado em Washington – DC Aragão, que desejas que eu faça ???

  2. É inacredital como pode j homem tão honrado de uma grandeza absurda ficou fora tanto tempo do governo Dilma esse Homem tinha que estar no lugar daquele rato chamado Rodrigo Janot , esse é um dos grandes erros de Dilma, não colocou os homens certos nos lugares certos dando toda a liberdade para esse judiciário partidario derrubar seu governo e AGora prender LULA.Aragão homens como você são raros acho que essa política não merece o senhor por que o Sr possui qualidades que não cabe naquele lugar podre, nojento, um covil de víboras quando JESUS sentiu irá e chamou os políticos de hipócritas covil de víboras ele nem conhecia Aécio, Serra, Cunha, temer, Janot,Juca, Padilha, Marta, Alckmin, FHC e a Lava jato.

    LULA

  3. Aragão… Foi nomeado para dar fim na lava-jato. Durou meses.. Cartinha bastante hipócrita. Tipico de quem só quer atenção. Se o Janot ligar pra ele vai se molhar todinho.

    1. José você é um merda pago para encher o saco das pessoas. Vai tomar no cú seu bosta fracassado.

    2. Bota hipocrisia nisso! Um sujeito nojento e autoritário, que tentou brecar as investigações e vem dar uma de militonto adolescente. E as suas críticas ao domínio do fato! Como se isso não fosse necessário para esmagar as cabeças das serpentes criminosas. A verdade é que o Lula é o Al Capone, que todo mundo em Chicago sabia que era o chefão, mas só operava através dos outros. Até os petistas sabem disso, tanto que nem tem coragem de dizer que ele é inocente, só pedem as provas jurídicas, confiantes de que a gang as escondeu. O Al também pensava assim, mas acabou condenado por um problema contábil tão bobo como a cozinha do triplex.

      1. O que é o devaneio de uma pessoa que quer acreditar no que não existe. Vai te tratar. Conhecemos bem pessoas iguais a ti. Acredita que o Lula e sua família sejam donos da Friboi, de fazendas, de milhares de cabeças de gado e por aí vai… Mas não acreditam nos 450 kg de cocaína no helicoca, não acreditam no aeroporto do titio, não acreditam na privataria tucana, não acreditam no Banestado e por aí vai…
        PATETA GOLPISTA ESTATIZADO DO TEMER.

        1. Isso, o Aécio trouxe cocaína dos seus parceiros das FARC para o aeroporto do tio (pois a dupla comprovação do MP de que o aeroporto não tem irregularidade não vale, já que os blogs em que o partido manda você se “informar” disseram que é do tio). Enquanto isso, o Lulinha cobrou 3 milhões de “consultoria esportiva” copiada da Internet porque é um gênio dos negócios, não porque seus “clientes” forma beneficiados por medidas do papi. Aliás, o PT o trata como um deus. Mas na hora de roubar (e como roubam!) todos enganam o pobre Lula.
          Até quando vocês acham que vão escapar da lei? O Al achava que para sempre. O Dirceu também, a Dilma também …

    3. Tu leste a carta? Quem fez a campanha para ser escolhido, quem procurou o poder para fazer campanha? Foi o janot e depois cuspiu no prato onde comeu. Traiu amigos. Mas, entendo: quem gosta de traíra deve aprovar, mesmo.
      PATETA GOLPISTA ESTATIZADO DO TEMER.

    4. Isso seu honesto ,dê força para um cafajeste como o Janot e depois veja o nosso país voltar a ser Pindorama.

  4. Fez bem Brito!
    Essa denuncia apressada e sem nexo tem como foco anular o potencial devastador da delação/livro do cunha e talvez, proteger a “imagem” do Janoti (com i imoral, por favor)

  5. Que prazer e honra de conhecer um pouco mais do cidadão do porte do Ministro Aragao. Não te-lo nomeado antes foi mais um erro do PT. Ministro o senhor está no coreto da glória dos grandes brasileiros. Já tinha nojo desse Janot, agora tenho pena dessa figura tão traidora de um Brasil potência. O PT tem que fazer uma auto crítica muito seria. Não vou deixar de votar e defender as conquistas do PT, mas Janot, Fux, Barbosa, Tofolli, Rouberto Jefferson, Rosa Weber, Zé Eduardo … Faça – me o favor. É dose.

  6. Literalmente , tirou a tampa da lata de lixo e fedeu . Um vai para a História , com H maiúsculo. O outro para o seu rodapé ( ou para o fundo da lata agora destampada , o que dá na mesma ). Desmascarou-o , resgou ainda mais sua fantasia ( já rasgada com a indicação recente para o lugar da Dra. Ela ) . Ar fresco começando a entrar. É uma questão de caráter…e de tempo.

  7. “Esperando Zzzzanot”, a peça.

    Desde o início de maio, deu 90 dias para o multi-denunciado (ou delatado premiado, como bem apontou antonimo) Aécio falar sobre Furnas…

  8. Honra é coisa rara hoje em dia, mas que há gente honrada há. Felizmente. FORA TEMER! a desonra em pessoa.

  9. Janot é um merda. Canalha e vigarista. Bai pro lixo como um pústula sem moral. Será execrado depois que terminar a sua atuação. Esses merdas acham que os senhores a quem serviram vão agradecer. Os senhores não admitem dever favores aos empregados. Será descartado como o merda servil que é. Ninguém respeita traidores sem princípios.

  10. :
    : * * * * 04:13 * * * * .:. Ouvindo As Vozes do Bra**S**il e postando: A grande mídia (mérdia) é composta por sabujos sujos a serviço dos ianque$ e do $ionismo de capital especulativo internacional e outras máfias (como a ma$$onaria) dos canalhas direitistas…
    ::
    Tudo isso é uma perda de tempo, inútil, em relação a esse pe$$onhal, pois eles não estão nem aí para isso, tem que se fazer alguma coisa concreta, objetiva, que produza resultados efetivos contra esses canalhas que todo mundo já sabe serem maus caráteres…
    ::
    ..:.
    * 1 * 2 * 13 * 4
    *************
    .:.
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    * * * * * * * * * * * * *
    * * * *

    Por uma verdadeira e justa Ley de Medios Já pra antonti (anteontem. Eu muito avisei…) !!!! Lula 2018 neles !!!!

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  11. Que coisa absurda! Isso mostra o quanto o MPF virou uma organização criminosa. O que fizeram com Genuíno, e outros até Dirceu, falseando provas ou seja montando farsas para condenar sem provas. Quando querem condenar sem provas essa máfia do MPF da um jeito, e assim tentam contra Lula, usando do mesmo golpe com a mídia e tudo fazem esse circo todo.
    O povo não aceita injustiça pode ter certeza esses crápulas vão pagar caro!

  12. Segunda-feira Cunha é cassado e faz ameaça pra todo lado. Quarta-feira os menudos fazem um carnaval contra Lula. Conclusão tiram Cunha do foco e entra Lula. FORÇA LULA.

    1. O jogo é tao descarado e obvio que so’ os trouxinhas acefalos mesmo para ficarem excitados e histéricos com tanta historia de duendes e papai Noel vai a guerra… rsrsrs Esses golpistas estao limpando o chao com bosta e o povo ja esta cansado dessa zorra. Todos à rua sem arrego !!!

  13. Como disse o grande poeta mineiro” mineiro é só solidário no câncer”.

    Sendo Janot mineiro…

  14. Ou as forças progressistas da sociedade se UNEM e lideram uma reação ou nos transformaremos, por muito tempo, em uma república DOS bananas. Já passou da hora. Mas “Antes tarde do que mais tarde”, para usar uma expressão do Boulos.

  15. 2018, para a corja do MP, já é hoje. Janot e seus asseclas do Paraná ocupam o horário político eleitoral para dizer aos eleitores em quem não votar, ou seja, em qualquer um associado a Lula ou ao PT. O resto, deixa que a Globo e etc fazem o serviço.

  16. Digno Ministro de Estado da Justiça Eugênio Aragão, lendo a sua carta me sinto reconfortado, nessa pátria comandada por crápulas e bandidos, de saber que existem homens e mulheres altivos e honestos,mesmo dentre esta justiça brasileira. Sabemos que a vida é um sopro e quase tudo o que fazemos não tem importância, mas isso não nos permite de ter um posição na vida e o Sr o tem, o da dignidade o da honradez do amor a esse país, da luta por mais igualdade social que um dia haveremos de ter. Já o admirava por sua postura de coragem dentro de um cenário hostil e hoje fiquei seu fã.

  17. Procuradorzinho de merda ‘Danton Faz A Diferença Dalagnol’, o “juiz” ‘mor(T)o’ irá ao vivo (sic) prender o eterno presidente lula

    letrinha a) num apartamento suntuoso localizado no CEP da Avenida Foch em Paris

    letrinha b) na mansão TRIPLEX… Calma!… Em Paraty

    letrinha c) numa fazendola roubada do FHC

    letrinha d) em uma das dez maiores mansões da cidade de São Paulo – e extorquida do hoje remediado [risos] João Dória Jr.

    letrinha e) em dos ex-aparamentos da jornalista e ex-amante do ‘Príncipe da Privataria’ – neste caso, o Lula subornou a senhora Mirian Dutra, fingindo-se de gagá brandindo resultado laboratorial de DNA relativo à paternidade de corno!

    NOTA:
    “vosmicê” pode responder apontando o sinalizador de power point para a alternativazinha correta

    1. ajustezinho desprezivelzinho na letrinha e)

      letrinha e) em dos ex-apartamentos da jornalista e ex-amante do ‘Príncipe da Privataria’ – neste caso, o Lula subornou a senhora Mirian Dutra, fingindo-se de gagá brandindo resultado laboratorial de DNA relativo à paternidade de corno!

  18. O Golpe teve muitos atores e todos traidores, que trabalharam coordenados.
    Teve também Teori, que trabalhou sintonizado com Janot(a), como de resto todo o STF.
    O que mais dizer de Janot(a), que trabalhou pelo golpe e trabalha diuturnamente para salvar Aécio? Teve a desfaçatez de na sabatina no senado dirigir-se Aécio ironicamente dizendo que pau que dá em Chico, dá em Francisco!
    Assim como Cunha é Temer e Temer é Cunha, Janot(a) é Aécio e Aécio é Janot (a). Simples assim.
    Não critico Dilma nem Lula pelas indicações de PGF e STF, porque caráter não vem escrito na testa e lobos sempre se vestem de cordeiros. O artigo só confirma que Lula e Dilma foram honestos e indicaram pessoas pra cumprirem seus deveres constitucionais, principalmente o da imparcialidade. A preferência de Dilma era por Ella Wieko.
    Mas, como fica claro agora, se o Janot (a) enganou até seus pares mais próximos como Eugênio Aragão e Ella Wieko, como Dilma poderia saber?
    Parabéns e aplausos a Eugênio Aragão que ao fazer seu meã culpa desnuda a falta de caráter desse traidor janota.
    Esses juristas que pedem o impeachment do Gilmar, deveriam também fazê-lo em relação ao Janot, afinal analisando apenas o caso da anulação do depoimento de Léo Pinheiro está claríssimo a parcialidade e prevaricação de Janot e seus miquinhos amestrados de Curitiba.

  19. Mineirinho maneiro , mala , mau intencionado, mequetrefe , mui amigo , malandro , malévolo . Resta saber o que prometeram para ele para extirpar o PT . E para finalizar . Quem é o MP do MP ?.

  20. Fernando, imagine o que teria acontecido com Lula, se o Juiz Nicolau dos Santos, tivesse visitado a ante sala da Presidencia por 56 vezes e telefonado 157 para a Presidencia da Republica. Acredito que a “Nazistizaçao da Procuradoria” iria linchar Lula em praça publica e queima-lo vivo.

  21. Do Paulo Henrique Amorim
    Qual a profissão verdadeira do Dallagnol ?

    ( )mágico ( )marqueteiro ( )laranja do Janot ( )cover do Moro ( )concurseiro ( )cascateiro ( ) discípulo do Nizan Guanaes ( )mordomo da Casa Grande ( ) bobo (da Corte)

    Qual a profissão verdadeira do Janot?
    ( ) Empregado da Globo ( ) trapaceiro, junto com seu amigo Aécio ( ) Discípulo do Gilmar Mendes ( ) Continuador da safadezas do Gurgel ( ) Militante do PSDB ( ) um gigolô prostituindo a justiça

  22. O ministério público brasileiro tem, como de praxe na justiça, elevado número de agentes (nem todos servidores). Poucos de algum valor. Dele sobressaem expressões midiáticas como gilmar, barbosa, demóstenes,antonio fernando, gurgel, janot, dalagnol,…. que se ligam mais a atos desmerecedores invés de outros que justifiquem a existência desta instituição. Acredito que este quadro passou ficar evidente com o corporativismo e com a instituição da lista tríplice. Vejo valor naqueles que trabalham no anonimato, que buscam justiça, utilidade pública,o desenvolvimento da nossa sociedade e de sua instituição. Dr Aragão mostra além de valor profissional, amor ao mpf e coragem transformadora. Um valoroso contraponto aos maus exemplos.

  23. Aragão era pra ser ministro de primeira hora. O Zé sonolento permitiu o levante da cachorrada curitibana.

  24. A frase mais reveladora da carta passou despercebida, pelo que li dos comentários: “A Lava Jato é maior do que nós” (JANOT, R. apud ARAGÃO, E.). Só eu desconfiei do dedo de Tio Sam nessa história?

  25. Moro ira fazer como o Cunha fez com os pedidos de impeachment contra Dilma, ele mandava entrar com os pedidos e dizia que não tinham base e descartava, descartou uns 10 pedidos de impeachment, so aceitou UM, o que foi suficiente para afastar Dilma. E isso ira acontecer a Midia e Moro irão dar destaque as denuncias não aceitas contra Lula, ele deverá aceitar uma unica e claro condena-lo, dai Lula não mais poderá se candidatar. Ou alguem duvida da “facistização” do ” vosso” Judiciario?

  26. O genérico de remédio do mpf, como evangélico que é, teve uma “revelação”, onde Lula é acusado de ser a serpente do Éden. Ele não pode provar, mas ele jura que a “jararaca” tinha barba igual a do Lula, dai a sua convicção.

          1. AOS CORRESPONDENTES ESTRANGEIROS
            Jornalista e escritor Paulo Francis nas veias imundas destes picaretas irresponsáveis da ‘PORCA-tarefa’ da Operação midiático-nazigolpista ‘Lava [DEMoTucano/PMDBosta a] Jato’
            A PETROBRÁS E FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
            https://www.youtube.com/watch?v=7Dyh6-YSXBs

  27. Brito, que carta reveladora.
    Mas o teori ontem recebeu uma carta aberta do PML que é devastadora. Está lá no DCM.
    Teori que fez um mea culpa que não desmanchou nem um milésimo mal que causou, dizendo que a defesa “embaraçava” o processo do Lula.
    E o Gilmar teve o segundo pedido de impedimento protocolado.
    E a bobagem explicita do tal de delanol.
    Por ontem o LULA se livrou definitivamente das perseguições. Acabou.

  28. Eu jamais confiaria num sujeito como esse bosta do Janot.
    Tem o caráter estampado nas fuças de sujeitinho falso,traidor e safado.
    Deu no que deu.

  29. Janot não merecia tanta elegância. É um dos nomes centrais do golpe de estado mais execráveis da história e como traidor perpétuo do Brasil será conhecido pelas gerações afora. O aconchego que hoje a traição proporciona. cedo se transformará em pesadelo.

  30. Corretíssimo. Estive pensando ontem ao ouvir Lula ( que estava paz e amor) como a História do Brasil é repleta de pessoas que traem os interesses do país em troca de sabe-se lá o que. Essa lista tem aumentado bastante nos 3 últimos anos. A pusilanimidade de vários atores do atual cenário político, empresarial e, infelizmente, jurídico do nosso país nos assusta. São deputados, senadores, agentes da ordem pública, agentes do Judiciário, enfim várias pessoas que teriam por obrigação defender a Lei e a Ordem constitucionais e fraquejam ante os desafios que lhes são colocados sempre em desfavor dos mais fracos. Assistimos anteontem mais um circo dos horrores agora por parte de algumas pessoas da PGR que se dizem convictas de muita coisa por assim entenderem ( olha o domínio do fato aí de novo) e não porque tenham provas provadas sobre o que afirmam. Penso que a instituição PGR não é representada por essas pessoas e creio ser essa uma boa oportunidade de reparar as falhas recentes na condução partidarizada das demandas que lhes são confiadas. Todas as instituições públicas devem atender ao povo para serem confiáveis e não aos interesses de minorias poderosas.

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