Às escondidas, Queiroga toma posse

Desde que foi anunciado, 8 dias atrás, como substituto do inútil general Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde, Marcelo Queiroga participou, como coadjuvante, de algumas cerimônias, balbuciou algumas inutilidades, ouviu outras orientações como “rezar pela mesma cartilha” e, sobretudo, escafedeu-se de falar em público sobre as atitudes necessárias para deter a escalada de doença e morte da pandemia.

Mostrou, nestes dias em que foi uma alma penada à espera de encarnar-se em ministro-nulidade, porque é essa a opção que interessa a Jair Bolsonaro, a de fazer crer às pessoas que como “a vacina é a solução” e que já compramos (de mentirinha ou não) vacinas para o final do ano, tudo está sob controle.

Hoje, finalmente, tomou posse no cargo, num “encaixe” de agenda e a portas fechadas, como convém a quem não tem nada a dizer ou, pior, até tem alguma coisa, mas não pode falar.

Amanhã, na reunião de Bolsonaro com os presidentes da Câmara, Senado e STF, além de governadores e uma legião de papagaios de pirata, destinada a produzir efeito prático nenhum, Queiroga terá a sua estreia.

Terá palco para repetir, agora já feito ministro, as suas declarações inócuas sobre “união nacional”, “saúde acima das ideologias” e outras bobagens inúteis diante de um país com mais de 3.200 mortes por dia.

Fará o papel para o qual foi nomeado: o decorativo.

O recorde de Nelson Teich, que foi demitido com menos de um mês como ministro, tem grande possibilidade de ser quebrado.

 

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