As manifestações e o “sorriso amarelo” da mídia

Não deu certo a estratégia de mostrar os movimentos grevistas de hoje como obra de gatospingados arruaceiros.

As manifestações de final da tarde nas maiores capitais brasileiras foram massivas.

A imprensa parece dar mais importâcia a confrontos pontuais.

Não há, é verdade, uma mobilização à altura de quantos serão prejudicados com a perda de seus direitos trabalhistas.

Contra a expectativa da mídia, que despreza Bolsonaro mas vê nele a virtude de ser algoz de direitos.

A propaganda da imprensa inculcando que “sem reforma não há salvação” confunde e leva as pessoas a não perceberem a perda de seus próprios direitos.

Mas há resistência, e forte.

Sofremos as consequências de uma esquerda que transformou o “ser classe média” em seu objetivo. Tola, sempre teve preconceitos contra o “trabalhadores do Brasil” varguista.

Nossa identidade como povo trabalhador é nosso grande elemento civilizatório, porque gera pertencimento, o que eles jamais admitem.

As ruas cheias mostram que há um núcleo de resistência que pode nos levar adiante.

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10 respostas

  1. Mas, considerando a greve inclusive nos transportes e a orientação das associações e sindicatos para que as pessoas ficassem em casa, a manifestação foi imensa.

  2. Parabéns a todos os cidadãos que hoje cumpriram com seu dever e seu compromisso com o país e sua gente, com nosso passado, com nosso presente e principalmente com o futuro de nossa gente de nosso país.

    Tenho insistido que é preciso recuperar e retomar os espaços tradicionais da política: os partidos políticos, principalmente, mas também os sindicatos e outros movimentos sociais, enfim todos os instrumentos de representação e de luta democrática na sociedade. Parte de nossa paralisia, da dificuldade de organização e de (re)ação política nestes últimos anos vem desse processo que a aventura golpista colocou em movimento de destruição dessas instituições democráticas. Talvez nós ainda não nos demos conta do verdadeiro valor dessas ferramentas e instrumentos de luta que tardamos décadas para construir, mas nossos adversários sabiam da importância delas e aonde estavam atirando e o que queriam destruir. Acho que no início eles não contavam que essa destruição levasse consigo também o principal partido que representava os interesses das plutocracias e das minorias protegidas e privilegiadas, que no Brasil chamamos “classes” “médias”. Mas para esses setores da sociedade é muito simples reconstruir novos partidos, pois contam com todos os apoios, meios, dinheiro e simpatias para isso. Como homens e mulheres “práticos” podem trocar de camisa facilmente conforme lhes convém, se desfazer da velha roupagem incomoda e vestir um novo modelito mais adequado as novas necessidades. Aliás, podem até ir de peito nu sem qualquer vínculo ou com um vínculo fraco com o partido, quase sempre preferem a forma “apartidária” que conecta o Poder diretamente as massas também elas “apartidárias”, isto é, “indiferentes”, “apáticas” e “apolíticas” quando é claro lhes convêm o Governo de plantão; por isso não deveria nos surpreender que essas mesmas massas indiferentes, apáticas e apolíticas, quando não lhes convém o Governo de Plantão, se torne uma turba de exaltados, extremistas e hiperativos militantes de um Governo novamente “apartidário”. Por isso que no Brasil só existem “petistas” (antes eram “comunistas”) todos os outros setores da sociedade são “apartidário”, “apolíticos”, “pelo bem da Nação”. Na verdade, simplesmente não aceitam a democracia e a idéia que os partidos políticos devem ser a representação política da sociedade.

  3. O Presidente da CUT disse que esta sexta-feira era dia de todos ficarem em casa. Obviamente, sem transporte público, é difícil mobilizar manifestações. Era de se esperar ruas vazias.

  4. Eu acho o mesmo que a Emília. O próprio Vagner de Freitas da CUT recomendou, um dia antes, em entrevista ao Kfouri, que as pessoas ficassem em casa. E há a questão do transporte: eu não fui dessa vez porque teria que pegar o trem e depois o metrô, havia estação fechada, e fiquei com receio de não conseguir transporte para voltar para casa, pois moro longe. Pensando nessas coisas, foi uma manifestação massiva, sim.

  5. Quem foi demasiadamente enfático na defesa da Lavajato, ou vai ter que ser igualmente enfático em sua desilusão, ou poderá ser automaticamente suspeito de participação nebulosa na mesma. Deve ter muita gente boa e importante por aí quebrando a cabeça com esta charada.

  6. O piti do Augusto Gal. Heleno é uma evidência que debaixo do angu da facada no bozo tem caroço, digo, fraude, simulação, teatro mambembe. O seu nervosismo o entregou. Ele está mancomunado com a simulação de atentado. É preciso viralizar esta denúncia, investigar. O conhecimento da verdade será a pá de cal neste abjeto governo.

    1. Será? Eu achava que uma armação tão ousada só poderia ter sido bolada nos Estados Unidos. Mas, pensando bem, americanos são muito profissionais. Eles não confiariam na habilidade brasileira dos executores.

      1. Sem contar que os seguranças brucutus do bolsonaro se preocuparam em proteger o suspeito, que foi imobilizado sem sofrer um arranhão, a conferir

      2. Não houve tanta habilidade assim por parte dos executores. Vi dois vídeos feitos a poucos metros do ocorrido e fiquei com um pulgueiro atrás da orelha. Primeiro, o esfaqueador foi se infiltrando como se não houvesse nenhuma proteção do candidato até dar a facada e, em seguida, os agentes da proteção o envolveram num cordão e o conduziram diretamente para a delegacia. Algo mais sutil, mas não menos sinistro, foi que um sujeito da comitiva bozista (o tal da camisa azul) ficou vários minutos antes indo e voltando e conversando com bozo, acompanhou Adélio à distância quando este foi se aproximando e estava a centímetros do Adélio quando este esfaqueou e nada fez.

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