O gráfico aí em cima mostra que só em três capitais – João Pessoa, Salvador e Aracaju – o valor – já com o aumento que está para ser aprovado – do novo “Auxílio Brasil” chega a permitir a compra de uma cesta básica de alimentos, segundo o valor apurado pelo Dieese no mês passado, que inclui uma “ração básica” para uma família de quatro pessoas.
É isso o que Bolsonaro vai fazer até a eleição: tentar comprar o voto do brasileiro mais pobre com uma sacola de comida, distribuída até que capture seus votos.
Ou não, porque acham que a grande maioria não vai perceber isso e separar o que é a sua necessidade imediata de comer e dar de comer a seus filhos daquilo que é seu sentimento de dignidade e esperança.
Estratégias assim podem ajudar a eleger vereador, não presidentes.
Ainda mais numa eleição onde a transferência de renda é algo que está no DNA de seu adversário, Lula.
Aliás, faça a você mesmo a pergunta sobre qual candidato o eleitor humilde acha que manterá o auxílio depois da eleições, se Bolsonaro ou Lula. Alguém tem alguma dúvida de que as respostas serão, na maioria, Lula?
Alguém lembra aí quantas vezes Bolsonaro disse que Bolsa-Família era para vagabundos, que as mulheres engravidavas para receber uns tostões a a mais, que não se encontrava gente para trabalhar porque estavam todos “encostados” nos benefícios?
O povo tem fome, mas não deixa de ter inteligência por isso. Está na dele e vai pegar o benefício, se puder. Mas não é por ele que vai dar o voto.