Bob Fernandes: “Entregar-se aos EUA não é caminho para ser grande”

No seu recém-estreado canal no Youtube, imperdível como antes eram seus comentários no Jornal da Gazeta, Bob Fernandes se aprofunda no grave caso da ingerência norte-americana sobre nossas Forças Armadas, sempre de olho no petróleo, o outro de hoje e, agora, com o risco adicional de levar o nosso país a uma aventura bélica na Venezuela:

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7 respostas

  1. A hipocrisia da sociedade e a subserviência da imprensa nacional são chocantes. Sem esquecer de um aparente “pollyanismo” geral.

    O caso Bebianno é o menor dos problemas dos Bolsonaros. O seu problema, deles, está na origem e no percurso. No percurso parece que todos creem que o laranjal restringe-se aos diretórios do PSL de Pernambuco, no caso do presidente do partido, e de Minas Gerais, no caso do ministro do Turismo. Esse laranjal, o caixa 2 e o resultante dinheiro arrecadado financiaram uma campanha nacional, inclusive para presidente, que foi tudo menos legal. Na origem encontramos Queiroz e a milícia do Rio das Pedras, sem esquecer os estreitos e comprovados vínculos com o chefe do
    Escritório do Crime, bando de assassinos a soldo suspeitos, para não dizer culpados, de matar Mariele Franco.

    A reforma da previdência parece uma pedra de toque, a pedra fundamental cujo poder de alquimia vai transformar em um paraíso para se viver esse cenário de caos e miséria grassando desenfreados rumo ao anunciado desastre.

    Defactoide em factoide, com pedidos e rogos de não se olhar para o passado, como o fez ontem, na sessão com a imprensa o general arauto, cava-se mais fundo aumentando o potencial de desastre.

    Alguns poucosveículos da imprensa em notas de rodapé mencionam a manobra articulada pelo governo dos USA contra a Venezuela. Há que supor como
    possibilidade, embora remota, que a intenção real seja a ajuda humanitária ao povo venezuelano. Mas, mesmo nessa hipótese temos que reunir os elementos de risco inerentes de uma operação dessa natureza e nas circunstâncias em que ocorre. Estamos falando da Venezuela em profunda crise, dividida entre dois governos sem legitimidade factual à beira de uma guerra civil envolvendo a ação liderada por uma grande potência cujo mandatário, textualmente, ameaça uma invasão militar
    daquele país. Foi permitido pelo governo brasileiro que essa ação humanitária conjunta se dê em Roraima, na fronteira com a Venezuela em desafio ao poder de Maduro que, obviamente, se opõe e conta com forças militares e populares ao seu lado. Também, obviamente, isso envolverá forças militares de apoio à operação fornecidas, a priori, pelas forças armadas do Brasil, sem descartar a evidente possibilidade de forças armadas norte-americanas operando em conjunto em solo brasileiro. Ainda no terreno das possibilidades não podemos desconsiderar a hipótese de forças militares antagônicas postas próximas causarem um incidente fortuito e entrarem em conflito. Também, apoiados pela historiografia de ações semelhantes promovidas pelos USA, seria lícito supor que um incidente possa ser causado por um ato deliberado de provocação para justificar a invasão da Venezuela.

    Ir a reboque de um plano geopolítico de poder do governo norte-americano, cujo momentum é dado pela necessidade de criar diversionismos para atender a uma presidência acuada e incapaz de exercer a liderança da maior potência do globo, é,
    por parte do governo brasileiro, um ato de irresponsabilidade tamanho que gera dúvidas sobre a sanidade de todos os envolvidos e de sua condição de conduzir os destinos da Nação.

    Os fatos estão postos e como disse alguém, “é direito de cada um ter sua própria opinião, mas não seus próprios fatos”. Fato é um governo inviável pela natureza de
    seus membros, sem projeto real para o País, sem tempo, espaço político e
    sequer capacidade para criá-lo.

    Fato é esse governo sobreviver
    apoiado por grupos de interesse que se unem para privatizar empresas
    estratégicas, áreas sensíveis de ação precípua do Estado como
    previdência, saúde, educação e segurança, além é claro, de se apropriar
    do seu patrimônio e reservas naturais, inclusive a água.

    Fato é que,
    para preservar a implementação desse projeto, não podendo fazê-lo com
    critérios empíricos e em meio a um certame interminável de desastres de
    toda a ordem cujo vencedor em grandeza de destruição é vencido pelo
    imediatamente seguinte, entra-se no terreno da guerra de manchetes, na
    guerra simbiótica pela narrativa. Nessa guerra há desde armas
    ridiculamente concebidas e usadas como vimos ontem na apresentação do
    projeto de alteração do lei criminal pela triste figura de Moro, como
    veremos hoje na apresentação do projeto para previdência de Guedes até,
    aventuras absolutamente despropositadas como estamos prestes a assistir
    na fronteira com a Venezuela.

    A tudo isto assiste inerme a população
    brasileira enquanto a hipocrisia reina nos salões do poder, no meio das
    lideranças empresarias e nos lares de uma

    autoproclamada elite.

  2. O Trumpete está doido para iniciar uma guerra só para chamar de sua. Os últimos presidentes tiveram as deles e o atual, do alto de sua prepotência, não quer ficar de fora, sem a dele. Tentou com a Coreia do Norte, mas desistiu porque o maluco de lá tem armas atômicas e, como todos sabem, quem tem, tem medo. Reuniões com troca de mimus é menos estressante. Aí ele decidiu ir pra cima da Venezuela que não tem armas atômicas e tem uma das maiores reservas de petróleo do mundo. E os vira-latas daqui resolvem aderir a essa ideia maluca. Nem para defender a democracia é, porque se fosse, primeiro deveriam colocá-la em prática aqui. Mães de soldados brasileiros, se acontecer mesmo essa possível guerra, preparem os vestidos pretos porque o luto as esperam.

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