Bolsonaro admite fim do auxílio. Mas o que virá no lugar?

Jair Bolsonaro disse hoje que “não dá pra continuar muito” o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 para pessoas que não têm emprego formal ou aposentadorias.

“Não dá para continuar muito porque, por mês, custa R$ 50 bi. A economia tem que funcionar. E alguns governadores teimam ainda em manter tudo fechado”

Ok, é verdade que o auxílio custa perto deste valor, o que daria, em um ano, R$ 600 milhões, ou cerca de 9% de todo o Produto Interno Bruto, ou ainda perto de metade de toda a arrecadação de impostos brasileira por ano.

Muito bem, e como fica o pagamento do tal “Renda Brasil”, que o substituiria dentro de algum tempo?

Simplesmente não fica, seja porque não há recursos para isso, seja porque não haja onde obtê-los sem provocar uma brutal elevação de impostos.

Ainda que o pagamento fosse de 1/4 do atual valor (R$ 150) o custo seria de R$ 150 bilhões por ano, que não existem, é claro, nem mesmo se fosse para isso toda a receita obtida com a criação da nova CPMF, para a qual se estima uma arrecadação anual de R$ 120 bilhões.

Tudo o que Guedes concede dar ao “Renda Brasil” é um “catadão” que tira renda dos mais pobres: fim do abono salarial, do salário-família, do seguro-defeso a pescadores, o que não dá para pagar sequer um décimo do que custa o auxílio emergencial.

 

 

 

Facebook
Twitter
WhatsApp
Email