Bolsonaro assinou sua sentença de morte política

O governo Bolsonaro, nos próximos dias, vai desmanchar, dissolver-se.

Desenha-se a cena final de sua saída.

Todas as suas bases de sustentação política, já trincadas, estão desmoronando a olhos vistos.

Sua matilha fascista, as milícias virtuais da quais se valia para para assustar e intimidar a opinião pública e as instituições, encolheu e não são poucos os que, fugindo de Berlim, arrancam dos braços a suástica bolsonarista para sobreviver.

Seu apoio do Congresso é virtualmente zero. Nada do que propuser por esta via será aprovado, ou o será completamente desfigurado.

Se não cair no Supremo, onde já não tem sequer um voto.

Começará a debandada de ministros, embora seu ministério, sem representatividade política, seja essencialmente composto de sabujos e nulidades. Ainda assim, com mulheres, filhos, parentes a pressioná-los.

Sempre digo que quando você não consegue se explicar em casa, a coisa vai mal.

Mas, sobretudo, Jair Bolsonaro perdeu o indevido aval político que lhe deram as Forças Armadas, quando o general Edson Leal Pujol, em pronunciamento pelas redes oficiais do Exército, definiu o combate à epidemia como “a missão mais importante de nossa geração”.

Não seria, se fosse “uma gripezinha” que não exigisse um isolamento e uma paralisação quase total do país.

Embora sejamos, agora, a terra dos caráter fraco e das coluna vergada, Bolsonaro e seu transtornado núcleo familiar chegaram ao ponto de se tornarem intoleráveis até mesmo dentro das estruturas de governo.

O que assistimos ontem foi a aparição de um morto-vivo, de um zumbi contaminante a quem os que conservam um pingo de sanidade, precisam sepultar o quanto antes.

Porque Bolsonaro apodrece em praça pública, um morto que brinca com a vida dos vivos.

 

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