Bolsonaro cede a 60 anos para aposentadas. Concessões seguirão…

Jair Bolsonaro, dizem os jornais, concordou em deixar em 60 anos a idade mínima de aposentadoria das mulheres.

É uma decisão com sinal positivo que, entratanto, em matéria de negociação acende um sinal negativo para o governo.

A proposta nem começou a tramitar e, pelo menos em três pontos (Benefício de Prestação Continuada, aposentadoria rural e, agora, a idade mínima feminina), já se sabe que “não vale o escrito” e alguém tem de apresentar novos textos legais e tabelas contábeis para readequar o texto.

Na volta do Carnaval, agora que a política sentiu que o “homem” está cedendo fácil, entram na fila: aumento no tempo de transição, fim do redutor para quem cumpre a regra dos 86/96, “redução da redução” da pensão por morte, equiparação da aposentadoria por invalidez para doenças laborais e não-laborais e outras mais.

Numa outra fila, tempo de transição para a aposentadoria dos servidores ingressados depois de 2003, pelo menos e a limitação ao limite do valor do Regime Geral de Previdência Social – RGPS, com um departamento poderoso para as carreiras mais bem pagas: magistrados, promotores, auditores, etc.

Quando chegarem as regras para os militares, preservando a paridade e a integralidade da remuneração, a grita será ainda maior.

Não se sabe – e a maioria duvida – que o assunto tenha sido acertado com Paulo Guedes, que mudo esteve, mudo está e não se sabe quando asumirá o papel de porta-voz de sua proposta previdenciária.

Bolsonaro, ficando como primeira e última linha de negociação tem tudo para enfrentar derrotas. Presidente não joga de cabeça de área, joga de líbero, para resolver discussões já avançadas.

O ex-capitão vai colhendo o pior de dois mundos: revolta os que perdem direitos e, no “mercado” vai sendo visto como quem não tem firmeza, ou meios, de fazer o mal no grau em que se o deseja.

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