A vacina, nos Estados Unidos e no Reino Unido ainda não alcançou nem 0,5% da população. Na Europa, que começa hoje e amanhã a vacinar, também vai demorar dias até isso ser alcançado. Mesmo na América Latina, vários países começaram a vacinar outros começam ainda na última semana do ano.
Isso não quer dizer que é desimportante.
Não, quer dizer que, até o final de janeiro, os profissionais de Saúde (além de um considerável número de idosos) daqueles países, com a segunda dose, estarão protegidos e se reduzirá em muito o estresse a que estas equipes – nossa última linha de defesa – estão submetidos há 10 meses, o que levou a inúmeras baixas e por tornar os hospitais palcos de cenas de horror.
Mas o Brasil, segundo maior número de mortes e terceiro maior de casos de infecção, não tem data para começar e, no mínimo, chegará ao fim de janeiro sem que uma só dose tenha sido aplicada.
E daí? O presidente da República disse hoje que “não dá bola para isso” de o nosso país ficar para trás, sem sequer uma previsão de quando começaremos a imunizar.
Não é aceitável que um país do nosso tamanho, sobretudo no grave quadro sanitário que está instalado, à beira de completar 200 mil mortes, não tenha o sentido de urgência que se impõe.
Afirmo aqui, há tempos, que Jair Bolsonaro não acredita na doença, não acredita na vacina e está se lixando que gente morra às moscas.
Se não gostasse da morte não estaria legislando pera que aqui se tenha o “fuzil para todos”.
Bolsonaro vive disso, no medo, da histeria, do “inimigo”.
É o retrato acabado de um genocida, sem que isso faça com que a turma do dinheiro se afaste dele. Dinheiro miúdo, da fisiologia política do Centrão e o de uma classe média que acha que carro blindado e cerca eletrificada vai protegê-la da realidade e, o que é mais todo, do vírus.