Bolsonaro fraco é Bolsonaro mais perigoso

Como qualquer substância, o bolsonarismo, ao desidratar, aumenta sua concentração e, neste caso, sua toxicidade, isto é, a capacidade de produzir um efeito nocivo sobre o organismo nacional.

Pesquisa após pesquisa, todos os indicadores – veja acima -mostram uma desagregação galopante da credibilidade de Jair Bolsonaro e a concentração do seu apoio em parcelas cada vez menores da população: 27% apenas, a metade do que tinha há um ano.

É verdade que este núcleo é duro e resiliente aos fracassos e escândalos que passaram a assombra o atual presidente.

O último, a confissão de um ex-funcionário do gabinete de seu filho Flávio, de que lhe eram tomados 80% dos vencimentos para sustentar a ex-mulher do então deputado federal é destes de desmoralizar sem apelação o “incorruptível” mitológico, não vai lhe trazer maiores perdas, mas bloqueia a sua possibilidade de baixar a rejeição na classe média.

Entre os pobres, porém, a “rachadinha” chama-se feijão, óleo de soja, frango, carne bovina, gás, conta de luz e mais uma lista que não caberia aqui. E, contra ela, Bolsonaro só tem usado, por enquanto, a “terceirização” das responsabilidades, empurrando para cima dos governadores a culpa pelos aumentos de preços, com resultado zero.

Reagir a isso com medidas econômicas demagógicas é uma tentação cada vez mais forte para Bolsonaro e é por isso que as entidades empresariais estão saltando do barco bolsonarista para, por enquanto, a água magra da Terceira Via, que não é solução posta, não obstante inventem e reinventem “candidatos” toda semana.

Eles sabem, melhor que a mídia, que um aventureiro é capaz de tudo.

 

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