Jair Bolsonaro vai seguir fustigando o ministro Alexandre de Moraes, porque a ele interessa alimentar a crise com quem terá, a partir de setembro, a função de presidir o processo eleitoral brasileiro.
Ele apresentou agravo à decisão do ministro Dias Tóffoli em que pede a anulação do despacho que mandou arquivar a notícia crime que apresentou, na semana passada, contra Moraes, acusando-o de abrir inquéritos contra o presidente sem causa, de protelar a sua conclusão, de cercear-lhe a defesa e de mentir sobre os desdobramentos do processo.
Pede que, caso Tóffoli não reverta o arquivamento e mande a petição para que Augusto Aras se manifeste, que submeta essa decisão ao plenário.
Ocorre que, além de não ter chance de ser atendido, a queixa já está com o Procurador Geral da República e tudo indica que ele se manifestará no mesmo sentido da decisão de Tóffoli: arquive-se.
É a melhor saída para o ministro: suprida a manifestação pedida à PGR e optando esta pelo arquivamento, o agravo perde seu objeto e vai para o arquivo.
E Bolsonaro vai ter de arranjar outra desgastante encrenca para continua seu jogo de provocações.