Bolsonaro vai para o PL, diz Jardim. O “22” cai-lhe bem

O colunista Lauro Jardim, de O Globo, diz que Jair Bolsonaro anuncia amanhã a sua filiação ao PL, do notório Valdemar Costa Neto, depois de dois anos sem partido, desde que deixou o PSL.

Desconhecem-se, óbvio, as condições do acordo para sua entrada no partido e o que o dono do partido, de trajetória turbulenta (foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro a 7 anos e 10 meses no mensalão, recebeu uma multa de 1,6 milhão de reais, recebeu indulto em 2015 e perdão da pena em 2017) terá de vantagens com filiação presidencial.

Nem se sabe se o PP, ao qual Bolsonaro acenada fortemente, está preocupado ou aliviado, sabendo que poderá trair o quanto quiser o atual presidente.

Mas é curioso que o PL vá dar a Bolsonaro, na disputa pelo voto, o número 22 como identidade eleitoral.

Ele, é claro, dirá que foi Deus que o fez ser “22” em 2022.

Mas na gíria popular (e policial, da qual ele tanto gosta) “22” signifique pessoa com transtornos mentais (no popular: maluco, doido, pirado), numa referência ao antigo artigo 22 do Código Penal (agora art. 26) que tornava inimputáveis por crimes praticados por quem “por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento”.

Confissão, ato falho ou uma boa desculpa para o que terá de enfrentar depois de deixar a presidência?

 

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