Brasil é campeão mundial do pessimismo, diz FGV

A Fundação Getúlio Vargas publica, hoje, uma interessante comparação entre as expectativas dos agentes econômicos pelo mundo atingido pela pandemia do novo coronavírus.

O Brasil é o primeiro colocado neste índice de incertezas. Em abril, a incerteza brasileira foi a maior se comparada aos outros 20 países. A incerteza de abril também já havia superado a de todos os outros países também em março, quando chegou a 167 pontos, que subiram em abril para acima de 193 pontos.

Nas crises de 2002 (eleição de Lula), de 2008 e na de 2015, quando o Brasil perdeu “investment grade”, os picos de incerteza ficaram na casa dos 130 pontos.

A economista Anna Carolina Gouveia, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, explica o que acontece:

“Além da incerteza associada à pandemia de Covid-19, comum a quase todos os países, o Brasil conta com alguns fatores que impulsionaram ainda mais [negativamente] o indicador. Primeiro, o país apresentava um crescimento fraco mais de três anos após uma grande recessão e buscava reequilíbrio macroeconômico. A crise de saúde lançou grande incerteza sobre os próximos passos da agenda econômica. Em segundo lugar, enquanto em muitos países a pandemia motivou movimentos de união nacional, aqui a incerteza advinda do ambiente político também atingiu recordes em abril. Por fim, a própria evolução de número de contágios e mortes no país continua em fase ascendente nestes últimos dias”.

Pois é, isso é o mundo real da economia, que não se resolverá abrindo shopping centers ou academias de ginástica e salões de cabeleireiro. Também não se resolverá pelo investimentos privados que, mostram os indicadores de expectativas, não virão.

Ou teremos – e parece impossível com este governo – um grande programa de investimentos públicos, ou teremos anos de recessão e de estagnação.

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7 respostas

  1. Que coisa heim ? Tanto os evangélicos pediram castigo para a “esquerdalha brasileira”, que DEUS resolveu, como no Egito (Mundo da Antiguidade), mandou 7 pragas, só foi mais generoso, até agora, só mandou 2 pragas, Bolsonaro e o coronavírus..

  2. Tenho uma boa notícia e outra má sobre o humor d’o “Mercado”. A boa notícia é que os meninos e meninas da Faria Lima, mesmo ainda enrolados na bandeira “patriótica” canarinha, tentam recobrar a “consciência” depois da longa noite selvagem do Golpe de Estado. Parece que estão se dando conta que exageraram um “pouquinho” no uso de “drogas” e de substâncias “tóxicas”, que passaram dos limites com a “opção” Bolsonaro (eles e elas, pobrezinhos, não tinham opção, ou era Bolsonaro ou o PT, isto é, o “mal absoluto”, a “encarnação do capeta” na política nacional). Recobraram a consciência pesada agora que a “opção” está “queimando na mão” e que parece que ou vai virar pó ou que o louco vai botar fogo no cassino com tudo mundo dentro. Não, ele e elas ainda não tem coragem de fazer como o famoso e jovem “youtuber” ou o velho governador e líder tucano cearense e admitir que embarcaram em uma canoa furada com um tiranete falastrão e psicopata. No máximo, como o youtuber e talvez como o senador tucano, estejam entre um Amoedo e um Ciro (por enquanto na relação de 9 amoedos para 1 ciro, não devia fazer esse “elogio” para o neocoronel “desagregador”, ele não merece, mas devemos ser fiel aos fatos mesmo que eles não nos agrade). A má notícia é que continuam achando que não tem nada errado com a “política econômica do golpe” (mescla de liberalismo (sic) e darwinismo social do século XIX aplicada ao turbocapitalismo neoselvagem do século XXI), e que se não fosse o Joesley safadão ou o a pandemia, a economia estaria por fim se recuperando. Agora querem “apenas” renegociar a “opção” capitão malucão pela “opção” general de pijama, com Guedes e tudo, poderiam até trazer de volta a figura falsa do juiz impoluto, para manter aquele visual retro a la 64, redentora, udenista, “tenicocrática” e “militar” em um novo desgoverno golpista (o terceiro!) e a uma nova tentativa (a terceira!) de cozinhar um novo príncipe com cara de “plano real” e 30 anos depois (eles não desistem nunca e são incapazes de ter uma ideia nova ou original, mas são mestre na improvisação, em dar nó em pingo d’água e se nada der certo chutar a porta),

    1. Resta saber qual dos dois lados vai impor a solução adiante. A de continuar com a barbárie ou a de mudar o tiranete que se apresentou muito mal até aqui. Em qualquer caso a opção não passa nem de longe pelos direitos e haveres da ampla maioria da população. Fiquemos atentos pois a troca de seis por meia dúzia está próxima.

    2. Enquanto o povo não acordar de verdade e perceber que está sempre caindo nas mentiras da elite (O Estado está inchado! Bolsa esmola! Os impostos não me deixam contratar mais gente! A culpa é 100% do governo!), a história do Brasil vai continuar se repetindo. Golpe, burrice, “arrependimento”, golpe, burrice, “arrependimento”…

    3. Olha com toda sinceridade: Nestes momentos amargos que estamos passando e vamos piorar muito, podemos observar o Coroné Ciro com sua covardia fugindo pra Paris achando que com sua covardia e egoismo ele mostrou seu descontentamento com o Haddad, mas é por causa de gente como o Ciro que não , é claro, não estaríamos passando por este terremoto. Egoismo Covardia e vagabundice!

  3. Pior de tudo é que a economista Anna Carolina Gouveia é uma pessoa completamente desinformada, pois dizer que os países “a pandemia motivou movimentos de união nacional” é de uma cretinice estupenda, pois a França, por exemplo, a tal de união nacional simplesmente não existe, já falam em antecipar eleições, pois o governo Macron se revelou um imenso fracasso.
    Quer não entender de economia? Pergunte a um economista.

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