Caiado, traído e abandonado por Campos, abre o verbo

Sensacional a entrevista de Natuza Nery e Márcio Falcão com o “ruralista histórico” Ronaldo Caiado, ex-quase-futuro Ministro de Eduardo Campos.

Caiado, que está se sentindo traído e abandonado por toda a parte – leia aqui como ele diz que os médicos, ao aceitarem um acordo para que os colegas estrangeiros possam trabalhar, também o apunhalaram – abriu o bico e entregou o assédio de Eduardo Campos, que agora o nega.

De manhã, na CBN, Caiado disse mais: que Eduardo Campos “não teve sequer a hombridade” de dizer que seu apoio seria descartado por ordem de Marina Silva.

Leia a entrevista e veja – como eu disse antes – como a marca de Caim está ficando cada vez mais impressa na testa da tal “nova política”…

Caiado diz que foi atropelado por aliança Marina-Campos

Natuza Nery e Márcio Falcão

Folha – O sr. foi rifado?
Ronaldo Caiado – Eduardo Campos me recebeu em Pernambuco, em sua residência. Assumi, em março, a candidatura dele à Presidência. Fui o único do meu partido, um dos poucos do Brasil [naquele momento]. Ele disse que iríamos sair do duelo [governo/oposição], dessa política de identificar inimigo para ser eleito e prometeu trazer todas as tendências.

Está magoado?
Decepcionado, um balde de água fria. Não temos mais como estar juntos em Goiás. Não vou ter o pé em duas canoas. Quando conversei com Eduardo, não havia esse preconceito. Não imaginei esse gesto agressivo da ex-senadora. Essa tese de inimigo histórico é política talibã.

Haverá consequências?
É espantoso alguém querer pleitear a Presidência e ter essa visão tão excludente do setor, nacionalmente o maior pilar da economia. Como vou conviver com uma chapa de candidato a presidente que é preconceituosa com o setor primário [agronegócio]? Eu sempre fui muito coerente, mas nunca intolerante. Hoje, não sei identificar se o candidato é Eduardo ou Marina.

O sr. ainda votaria nele para presidente?
[Silêncio] Não. Dispensou meu voto e está excluindo o setor que represento. Não tenho como me posicionar favorável a candidato que diz: ‘Olha, existe aqui uma barreira para o produtor rural’. Senti nele uma posição tíbia. Não o reconheço. Não foi a Marina quem aderiu ao Eduardo, foi ele quem aderiu à Marina.

O sr. carrega o símbolo ruralista, mas não é exagero dizer que isso foi um veto ao setor?
Não consigo entender uma pessoa querer governar o Brasil e não querer conversar com representantes de um segmento que é alicerce do país. Eles poderiam, ao menos, ter me avisado que eu fui vendido.

Vendido ou trocado?
Isso me faz lembrar do Afonsinho, jogador de futebol. Ele foi substituir Gerson numa partida no Maracanã. Entra em campo, começa com tudo. Vem o lateral, dá uma trava nele e diz: ‘Ô, seu babaca, você não sabe que esse jogo foi vendido, não?’. Podiam ao menos ter me dito que eu tinha sido vendido na noite de sábado. Eu fui atrás da bola, busquei apoio para ele, fiz campanha naquela euforia toda e, de repente, levo o tranco. Deviam ter me dito: Caiado, acorda, você já foi vendido! Faltou sinceridade.

O sr. colocou algum veto à Marina no sábado?
Eles telefonaram para mim eufóricos de alegria. Eu disse que não tinha preconceito.

E depois, o que houve?
Não sei se foi uma virose, uma bactéria [risos]. Sábado me ligaram até para dizer que o governador futuramente me queria ministro da Agricultura. Veja, eu não estou desenhando algo que não quis ver, não. Eu botei o pé na calçada, e um carro a 300 Km/h me atropela. Não deu nem para ver [a placa].

 

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23 respostas

  1. E isso ai. O nivel da Politica esta subindo com a presenca do Pt no Governo. A oposicao vai ter melhorar se quiser entrar no pareo.

  2. PIB da agricultura em 2012, mais de 200 bilhões de Reais. A Marina ser tão autoritária que chega a dar dó de Ruralista do DEM, não tem preço.

  3. Fernando,

    Campos e o PSB ou estão blefando, ou estão realmente acreditando que o candidato é ele. Mas o candidato não é ele, a Marina não abre. A candidata é a Marina.

  4. Como o golpe nao veio, os profissionais da politica agora parecem um grupo de mulambentos sem ter pra onde ir. Sai pra la!

  5. O CAIADO SE ESQUECEU QUE ELE É POLÍTICO E NO MEIO DA POLÍTICA NÃO EXISTE ÉTICA QUE SUPLANTE OS INTERESSES PESSOAIS… ELE DANÇOU… COMO TAMBÉM POR CERTO JÁ FEZ MUITA GENTE DANÇAR…. MARINA E CAMPOS É COMO JUNTAR GREENPEACE E OS MADEIREIROS NUMA MESMA LEGENDA.

  6. Eu já falei, já avisei: Isto não vai dar certo! E ainda tentam enganar o povo. PIG, A ócio (A ébrio), Eduardo Campos, Jorge Borhausen, Ronaldo Caiado, Marina, Banco Itaú, Bolsonaro, Marconi Perillo, Demóstenes Torres, Carlinhos Cachoeira, Luiz Estevão, Heráclito Fortes (Boca de sapo), Joaquim Barbosa, José Roberto Arruda, José Serra, Paulo Octavio, Geraldo Alkmin, Fernando Henrique, Joaquim Roriz, Irmãos Metralha (Marinho), ACM júnior ou Roberto Freire! Que Quadrilha hein!!? Que coerência!!! Aí o Aécio pira, chama o Eduardo, a Marina e joga a conversa fora: pó pó pó..pó…passa a régua…um canudo…e a saideira…E MarinEX com seu blábláblá…nem fede nem CHEIRA!!! (KKKK)

  7. Dudu Caprilles e Blablárina são como seno e cosseno: é preciso elevar ao quadrado e somar os dois para dar 1! Agora, sem o apoio “fundamental” do Caiado, não vai dar nem meio.

  8. Querer unir a direita com a esquerda é inventar de cruzar vaca com cavalo: a coisa não prestaria para tirar leite e nem puxar carroça!

  9. Marina traiu, em primeiro lugar o CHICO MENDES, usou e abusou do falecido para ganhar créditos. Depois com a igreja católica que a recebeu e deu a ela condições de estudar aos 19 anos e analfabeta. Depois com o PT, porque Lula não a escolheu para ser presidenta, não teve capacidade, em três anos, de criar sua Rede. Agora, vai trair o Campos e sair como candidata a presidência. Querm mais?

  10. A Blablarina já mostra a que veio : espalhar a cinzânia em sua própria seara ! Ainda bem que a possibilidade de vitória é muito remota !

  11. Pergunta: quem a conhece realmente? Ela atende na periferia sim, é médica de hospital público. É importante ter bases reais para criticar. Do contrário, as críticas políticas viram mera histeria partidária desconexas da realidade.

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