A China mostrou duas disposições ao determinar o fechamento do consulado dos EUA em Chengdu, na província de Sichuan, em retaliação ao fechamento de sua representação em Houston, Texas, determinada por Donald Trump.
A primeira, a de que vai responder, no mesmo diapasão, à agressividade pré-eleitoral de um presidente norte-americano desesperado pela reeleição.
A segunda é que, apesar disso, não irá além do estritamente necessário para demonstrar que não vai se intimidar. Respostas serão, como nas formulação dos remédios, quantum satis para, aquele qsp que vem na composição, para indicar quão diluído é o princípio ativo.
O jornal chinês Global Times, ligado ao governo, deixa isso claro:
Os EUA estão constantemente escalando movimentos anti-China e estão forçando a China a reagir. O lado chinês está enfrentando um dilema: pareceria fraco se não reagir, o que levará a uma série de consequências, prejudicando seriamente os interesses nacionais de longo prazo da China. No entanto, depois que medidas recíprocas são tomadas para revidar, China e EUA são empurrados para mais longe; a dissociação está se acelerando e o risco estratégico está aumentando na região Ásia-Pacífico.
Mas muitas vezes, o lado dos EUA forçou a China a fazer apenas uma escolha; isto é, deve tomar medidas recíprocas. Por exemplo, desta vez, a China deve fechar um consulado dos EUA na China. É preciso dar esse passo para salvaguardar os interesses nacionais da China e manter decisões baseadas em regras para toda a humanidade.
Queremos deixar claro que o lado chinês não tem intenção de escalar esse conflito de fechamento do consulado. Essa atitude do lado chinês é politicamente racional, não envergonhada. Ao contrário da guerra comercial, o lado dos EUA não tem vantagem nesta linha. Se os EUA continuarem a fechar os outros consulados chineses nos EUA, o lado chinês continuará com passos recíprocos, fechando o mesmo número de consulados dos EUA na China.
E dá o seu recado: ” Se a provocação dos EUA é um show feito para a eleição não faz diferença para a China.”