Com adversários como Steve Bannon, Mourão acaba virando ídolo

O General Hamílton Mourão é um homem de sorte.

Tem arranjado tantos inimigos entre a ala muar do governo Bolsonaro que parece fadado a ganhar a simpatia até de quem sempre o rejeitou politicamente.

Primeiro, foi Olavo de Carvalho.

Agora, o ex-assessor de Donald Trump e agente da extrema-direita internacional, Steve Bannon, que, numa antes incrível interferência da vida política brasileira diz que o vice-presidente “não é muito útil”, “é desagradável” e “pisa fora da sua linha”.

Pouca importância teria se Bannon fosse apenas um marqueteiro do neonazismo estúpido ao ponto de ter sido mandado ás favas por Trump.

Mas é, assumidamente, o líder político de Eduardo Bolsonaro, a quem entregou a franquia brasileira do seu “The Movement”, um misto de órgão de propaganda e de financiamento de grupos de ultra-direita por todo o mundo. Aliás, ele gabou-se à Bloomberg de  “que já arrecadou dinheiro de milionários europeus  para ajudar o seu “Movimento”, a assessorar partidos populistas de direita na região antes das eleições da União Europeia“.

Os dois filhos não-agonizantes de Bolsonaro – Flávio não consegue cuidar nem de seus problema e está pendurado politicamente em Ônyx Lorenzoni – estão arranjando uma encrenca sem tamanho na área militar, o único partido orgânico de sustentação ao ex-capitão.

Não é preciso fazer a contagem de divisões de Olavo e de Bannon.

Mourão não vai perder tempo com eles. Vai guardar seus chutes para as escorregadas do governo, como no vazamento da minuta de reforma da Previdência.

Castello Branco falava nas “vivandeiras alvoroçadas que vêm aos bivaques bulir com os granadeiros e causar extravagâncias ao poder militar”. Agora, ao que parece, as extravagâncias são do poder civil e os bivaques dão lugar ao Jaburu como acampamento.

 

 

Facebook
Twitter
WhatsApp
Email

20 respostas

  1. Trump demitiu Steve Bannon após escândalo da Cambridge Analytica e seus trolls ingleses vir à tona.
    Mourão entrou pra ser Presidente depois que o câncer terminasse com o titular.

    1. Ele o demitiu, sim, de seu governo. Mas Bannon continua atuando fortemente no Governo Paralelo do Deep State.

      1. Exatamente. O clã criminoso foi apenas o fantoche adequado para que o alto comando aplicasse um golpe de estado midiático-policial-judicial-parlamentar-militar, com falsos ares de “legalidade” e “institucionalidade”. O general cafuso, que também não é lá muito habilidoso com as palavras e que sequer sabe manter a postura e respeitar a hierarquia formal, é apenas um operador menos boçal que o Bozo; tanto esse como outros generais golpistas são vira-latas e entreguistas. Não se enganem.

        1. Porque na verdade, João, o presidente de fato é um tal P. Michael McKinley, o embaixador dos EUA que substituiu a golpista “institucional” Liliane Ayalde, assim que ela conseguiu depor Dilma.

        2. Ainda falta alguém, essa coordenação global simétrica, Bannon representa alguém, responde a algum grupo. Entender esses interesses me parece a chave para melhor montar o quadro futuro.

  2. Esse papo de “marxismo cultural” é que nem fantasma e astrologia (foi mal, Olavo): tem gente que acredita.

  3. Incrivel como Bannon escolheu Eduardo como sucessor do Jair e ainda por cima o considerando parte do governo… Os elogios ao Olavo confirma o alinhamento do “não-guru” do governo com ele e com os filhos… Vamos ter que achar bom ter um general presidente…

  4. Incrivel como Bannon escolheu Eduardo como sucessor do Jair e ainda por cima o considerando parte do governo… Os elogios ao Olavo confirma o alinhamento do “não-guru” do governo com ele e com os filhos… Vamos ter que achar bom ter um general presidente…

    1. olha só a que ponto chegamos

      o lado divertido disso é ver os minios falando que não votaram no vice

    2. Pelo contrário, prefiro mil vezes a “ala muar”, nas palavras do Brito. Ao menos esta sai em 2022…

  5. A cada ataque que recebe do cla BozoNazi e de seus asseclas no Twitter, o Mourao fica mais perto da Presidencia. A cada movimento dos filhos e seus gurus o BozoNazi fica mais perto de ser defenestrado da presidencia.

    Tenho certeza que em breve o Presidento ira renunciar para poder ir cuidar da saude. Brasilia nao eh Roma para ter dois papas. E o mercado junto com a Globo et Caterva estao com o Mourao, alem do que general eh sempre superior a capitao.

  6. Esse papo de “marxismo cultural” é que nem fantasma e astrologia (foi mal, Olavo): tem gente que acredita.

    1. o importante é livrar o universo desse mal, o ‘marxismo cultural’. que todos sabem provém do pensamento maoísta-budista-leninista, que nos obriga a manter a cultura da ideologia de gênero!

  7. É claro que Bannon não falou aos brasileiros. Ele falou aos neocolonizadores, que são hoje os grandes donos da bola. E tem mais: falou em tom de denúncia. Isso é um perigo, já estão querendo contrapor os neocons americanos aos militares brasileiros, mal começou o “desgoverno” da neocolônia.

  8. Castello Branco falou isso e – vejam só! – seu avião acabou caindo … Não é de hoje que certos aviões caem…

  9. Ontem fiquei assuntando dois pobres de direita afirmando que Olavo de Carvalho seria o cara….notei que eles se informam por bolhas da direita tipo Nando Moura, Mamãe Falei e outras centrais de disparo de fake news e distorções da realidade….o que notei: o orgulho por terem derrotado o PT e a esquerda. O que achei apavorante foi que, em nenhum momento, eles falaram sobre o que ganharão com os votos que eles deram à direita…aliás, a esquerda que eles odeiam ou foram levados a odiar, foi quem conquistou os direitos que ainda lhes restam: e que a direita que eles, por burrice, amam, está sepultando….

    Cá pra nós, essa pessoas de direita não pretendem reivindicar nada do governo que elegeram
    ?????

    Como assim
    ?????

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *