Os primeiros – e ridículos – minutos da oitiva de Luciano Hang na CPI da Pandemia mostram como estava correta a análise que se fez neste blog, de que o empresário histriônico usaria a ocasião para exibir-se.
Narrar a infância pobre, exibir vídeos de propaganda, fazer-se de vítima e promover-se – quem sabe com intenções eleitorais – tudo isso já compôs o quadro da distorção que esta inútil convocação.
Luciano Hang vive disso, da exposição polêmica, espalhafatosa como seus paletós verde-amarelo, suas micagens e, principalmente, pela sua sabujice ao poder, que tanto se expressa em lojas com fachadas copiadas da Casa Branca quanto na adoração que vota a Jair Bolsonaro.
É assim, os picaretas, os que enriquecem com tramoias e espertezas.
É difícil travar este tipo de aventureiro, pois ele não tem compromisso com o decoro, a verdade ou com os fatos.
Ele conta, hoje, com uma turma reforçada de senadores governistas – quem mais estará de olho no apoio de seu poderio econômico? a facilitar o escapismo, a contradição, a mentira deslavada.
Mentira deslavada, porém, não é algo com que Hang tenha dificuldade de lidar.
Sairá aplaudido por sua claque, seja lá o que disser.