Conta de luz cai, mesmo sem Renan

Foi publicado hoje o decreto presidencial que garante a continuidade da redução das tarifas de energia elétrica, mesmo sem a aprovação pelo Senado da Medida Provisória que o estabelecia.

Como se sabe, o Senador Renan Calheiros recusou-se a colocar a MP em pauta de votação por “prazo muito apertado”, uma vez que a tramitação atrasou na Câmara dos Deputados.

Dilma Rousseff, como se vê,  não cedeu.

Curioso é que Renan, cuja eleição sofreu todos os ataques possíveis da mídia, não enfrentou nenhuma campanha desta vez.

O máximo foi o editorial de hoje da Folha, cujo título é uma confissão: “Certo, porém errado”.

Diz que ele está certo em não querer votar, embora a medida seja positiva,  mas é uma pena que seja “por interesses fisiológicos”.

O jornal “a serviço do Brasil” esquece que a atitude de Renan, como o atraso da votação da MP na Câmara, tem todo o apoio da oposição.

Mas aí, é interesse eleitoralesco.

Esse pode.

 

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6 respostas

  1. Brito, essa posição do Renan tem uma explicação. Não foi raro que muitos senadores reclamaramda pressa com que as MPs chegavam no Senado. O transito na camara tinha uma certa atraso e no Senado era meio de afogadilho. Muitos senadores viviam reclamando disso e o Renan está seguindo a liturgia, falando em nome da maioria. O que os senadores tem que pensar ao reclamar do transito no Senado é que a Camara é bem mais representativa que o Senado e lá sim pode e deve ter uma demora por razões obvias, uma vez discutido na Camara não vejo por que o transito rápido no Senado, afinal ali é uma representação dos notáveis não é mesmo? Quando um projeto é montado por um senador ou deputado essa briga dos Senadores se aplica, quando for uma MP, ou projeto de lei do executivo isso não se explica afinal é de dominio publico o teor das MPs e PLs executivas. O que se observou na MP dos portos foi uma barganha politica em curso, interesses particulares em detrimento do interesse publico em curso. O Senado foi problema para o Lula e para o Brasil no passado e está sendo um problema agora. Que os Senadores se cuidem , o povo não vê com bons olhos os que atrapalham a nação principalmente nesses momentos tenebrosos de inquietação mundial. Vamos dar um exemplo. A MP dos portos fala da maior competição abrindo lugar para novos investidores e não tirando do estado o que é do estado e muito menos concedendo portos publicos para ninguém. Antes da matéria chegar no Senado muitos senadores já as discutia em Plenária, isso mostra que a grita geral não se aplica. Essa questão da luz é muito interessante, isso foi discutida em meados do ano passado, a MP era de conhecimento publico e agora o Senado perdeu uma grande oportunidade de sair bem na fita. Delegaram esse poder ao executivo. O que o povo pensará dos Senadores agora? O povo não vai entender essa tecnicidade temporal tipo tem que ter 1 semana para tramitar se desde o ano passado a até a patuleia sabia o teor da MP da baixa da luz? É o velho jogo de poder de novo, o Senado quer dizer sempre a Camara dos deputado e para o executivo? Nós é que mandamos, mas não foi isso o que se viu na redução da luz. Assim como na antiga Roma, se o Senado não estiver em sintonia com o povo vai perdendo sua relevancia como se viu nessa da diminuição da luz, Dilma não queria isso, mas a Republica é maior que as excentricidades do Senado.

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