O genocídio dos jovens da Europa

Os dados divulgados ontem pela Eurostat, o IBGE da Europa, confirmam que a crise, no velho mundo, não apenas prossegue  como se aprofunda e, em alguns países, causa um desemprego que supera o vivido pelos Estados Unidos na crise de 1929, quando chegou a 25%.

A Grécia não tem trabalho para 27% de seus cidadãos em idade ativa. A Espanha, para 26,8% e Portugal para 17,8.

Só para lembrar, o desemprego no Brasil é de 6% da população ativa.

Dramáticos entre os trabalhadores em geral, os números do desemprego entre os jovens têm ares de assassinato de uma geração.

Na Grécia, a taxa de desemprego jovem é de 62,5%. Na  Espanha, 56,4%; Portugal, a taxa é de 42,55 e na Itália atinge 40,5%.

A Europa tem um exército de 26,6% de pessoas sem emprego, 19,4% deles na Zona do Euro.  Um quinto destes é composta por jovens de menos de 25 anos.

França e Alemanha, esta semana, lançaram um programa de subsídios de seis bilhões de Euros, na esperança de criar seis milhões de empregos para jovens. Empresas que contratarem pessoas de menos de 25 anos terão acesso a juros menores. O problema é que os juros europeus estão longe dos brasileiros: já são baratos.

Poucos acreditam que isso vá funcionar dentro da ideia recessiva que os dirigentes europeus – como a tropa colonizada aqui – estão aferrados.

A receita europeia para a crise é essencialmente a conservadora. Arrocho, sim; crescimento, não.

O Banco Central Europeu lançou ontem a proposta de acabar, em relação a parte dos trabalhadores, com a obrigatoriedade de um salário-mínimo. Isso, depois de o país já ter, na linguagem que se usa aqui, “flexibilizado” as leis trabalhistas.

A economia europeia, sob os cânones neoliberais, repete Esparta e “elimina” os jovens que julga “incapazes” de servir à neoservidão que vai se tomando conta do que foi, há décadas, o berço da ideia de estado de proteção social.

Depois, não reclamem que as idéias neonazistas brilhem no continente.

 

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3 respostas

  1. Quando Kadafi dizia que a invasão de seu pais pelos barbaros mercenários vindos do Iraque pagos pela Cia/OTAN iria gerar o caos na Europa com a emigração dos refugiados da guerra, pouca gente deu voz na Europa a essa realidade que se provou 1 mes depois com o fechamento das fronteiras por lá. Quando o mesmo metodo é usado na Siria quais seriam as consequencias que não aquelas hoje vista na Europa cheia de refugiados do genocidio da OTAN?Até parece , Brito que tudo foi meticulosamente calculado. Não dá para acreditar no contrário. Esse desemprego dos jovens também é meticulosamente pensado. O capitalismo tem que sobreviver e nesses momentos de sua iminente morte o caos é a saida dos desesperados. Tirar a dignidade do povo é o metodos daqueles que detem o capital, matar o hospedeiro não seria muito prudente, tirar-lhe sua alma criar uma marionete produtiva de baixo custo é o caminho, mas o problema é que o minimo que querem impor é inaceitável, a escravidão sempre cria rebelião. A coisa vai piorar, só esperemos que os europeus se lembrem da sua historia recentes de como as guerras surgiram por lá e quais os efeitos daqueles genocidios. Ah, antes que eu me esqueça, Alckmim prega a prisão de todo o TIPO de jovens infratores e outros de seu partido acham que o desemprego ou redução do salário minimo é aceitável nessa hora de ¨INFLAÇÃO GALOPANTE¨. Qualquer semelhança não é mera coincidencia, quando o capital e seus representantes tende a diminuir seu poder partem para essas baixarias. Memória, nesses momentos de caos mundial será nossa profilaxia contra o atraso pedido pelo capital aqui e por todo esse mundo de meu Deus. Estou triste pela Europa, lá não vejo um futuro promissor, por outro lado , muito esperançosa com a América Latina, Africa e Oriente Médio, tirando Arábia Saudita, Israel e infelizmente Turquia. O que a Turquia vem fazendo com a Siria é um grande besteira, pagará caro no futuro.

  2. Os brasileiros deveriam agradecer de joelhos aos presidentes que há 10 anos cuidam deles com a melhor política de emprego, de inclusão, de democracia, de tudo de bom. Se tivéssemos continuado ajoelhados aos pés do FMI e vivendo outras mazelas de tempos recém passados, certamente estaríamos em piores condições do que a maioria desses países atualmente em crise. Viva o Brasil! Viva LULA! Viva DILMA!

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