Enquanto a China luta para estabilizar o número de casos de infecção pelo coronavírus – que somam 77 mil, com perto de 2.500 mortes – novos focos ameaçam espalhar a doença para o restante da Ásia e para a Europa.
Até a tarde de ontem, na Coreia do Sul, os casos chegaram a 602, fazendo as autoridades do país elevarem o estado de emergência sanitária ao grau máximo, suspendendo as aulas e apelando para que, ao menos nas regiões mais afetadas, as empresas restrinjam suas atividades.
Na Itália, os 79 casos registrados levaram ao fechamento de várias cidades no norte do país, isolando 50 mil pessoas. Em meia dúzia delas, os trens foram impedidos de parar nas estações e até os jogos de futebol foram suspensos.
À parte o aspecto humano, terrível, sinais preocupantes para a atividade econômica.
Além disso, é previsível um mau humor do mercado financeiro com o resultado muito além do esperado de Bernie Sanders ontem, e com sinais fortíssimos de que Joe Biden está ficando fora do páreo e que Michael Bloomberg só será testado mais adiante, na chamada “Super Terça”, quando haverá primárias em 14 estados norte-americanos.
Os jornais dos EUA já falam em uma “onda Sanders”, contando com uma progressiva união de seus adversários.
Como diz o título do filme de Oliver Stone, o dinheiro nunca dorme. Ainda assim, tem pesadelos.
4 respostas
Apesar do alarmismo da mídia ocidental, em seu secular preconceito contra a cultura Oriental, o número de novos casos na província de Hubei, China, se estabilizou e o número de altas já supera o número de casos novos. Enquanto isso, esta mesma mídia oculta a situação de descontrole da epidemia de influenza nos EUA, que se arrasta há 4 meses, afetou 26 milhões de estadunidenses, com mais de 25 vítimas fatais. O Centro de Controle de Doenças dos EUA tem se mostrado incapaz de controlar os surtos anuais de influenza que têm ocorrido anualmente, com milhares de mortes:
https://www.washingtonpost.com/health/time-for-a-reality-check-america-the-flu-is-a-much-bigger-threat-than-coronavirus-for-now/2020/01/31/46a15166-4444-11ea-b5fc-eefa848cde99_story.html
Sem contar que, em razão do preconceito com os “comunas”, foi relativamente tranquilo cortar os voos com a China, agora, quero ver cortar os voos com a Itália…
Bolsonaro, o carcamano italiano, teria coragem de fazer isso?
ONDA SANDERS É O MEDO DO IMPÉRIO ECONÔMICO MULTINACIONAL…
TEMEM A DEMOCRACIA DOS CIDADÃOS CONTRA O STABLISHMENT ECONÔMICO E CORPORATIVO!
AGORA VEM O CONTRAVENENO AO TRUMP!
É A LEI DO RETORNO!
Sinceramente, Brito, começo a me cansar do assunto nestes comentários. Há alguns aqui que parecem maoístas, não fosse o anacronismo total, defendendo a qualquer custo que aquilo que o mundo, a OMS e você estão vendo não passa de “alarmismo” ou “guerra híbrida contra a China”. Tenho pacientemente tentado, na minha condição de profissional da área, trazer informações técnicas em linguagem mais simples, já que epidemiologia médica não é domínio de muitos, mas confesso que cansa bater a cabeça contra algumas paredes de chapisco. Não sabem de nada, mas têm a resposta para tudo. Comparam alhos com bugalhos, disparam achismos como dado técnico, desinformam enfim. Fazem uma relativização que oscila entre a ignorância tácita e o crime, pois na esteira destas linhas de argumentação furada se apoiam aqueles que, por desconhecimento ou interesse escuso, terminam pondo a perder ações necessárias de prevenção e controle. São o berço dos movimentos anti-vacina e outros curandeirismos. Só desistem quando as mortes chegam na sua vizinhança. Ou talvez vendam caixões funerários, vá saber…