Corrupção seletiva

O resultado da votação sobre a abertura de um processo de impeachment do governador Wilson Witzel (69 dos 70 votos a favor) e o volume de dinheiro apreendido na casa do subsecretário de Saúde do Pará, Peter Cassol (R$ 748 mil) mostram que, além da pandemia, entramos também num quadro de pandemônio político-institucional.

Tão evidente de que se encheram de irregularidades as despesas com o enfrentamento da epidemia é, também, que a ação policial tem um evidente viés bolsonarista, por se dirigirem, até agora, contra seus arqui-inimigos. exclusivamente.

De duas coisas não se pode ter dúvida: de que a camada de políticos que assumiu o controle da vida pública sob o discurso da moralidade é o que de mais sujo este país já conheceu e a de que só há maldição policial para os que entram na cota dos “malditos” que desafiam o poder absoluto de Jair Bolsonaro e de seu clã.

Aos demais, para os que seguem a regras da milícia, como no caso das”rachadinhas” queirosianas, as investigações se arrastam, os suspeitos sequer são ouvidos e desaparecem – literalmente – dos holofotes.

A Justiça seletiva, todos sabemos, é a pior das injustiças, porque os conceitos morais e éticos só valem para um dos lados.

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11 respostas

  1. DISTRAÇÃO,DESVÍO DE FOCO,PALHAÇADA,ENGANO.
    Ninguém convive com os números da Covid sem sofrer dano, e como evita-lo????
    fazendo isto , e pior !!! nós entramos nessa !!
    1.300 mortos contabilizados nas últimas 24 horas,com tendência ao aumento,O RESTO NÃO TÊM A MENOR IMPORTÂNCIA,(e isso eles sabem)

    1. Eu acho o contrário. Bolsonaro não está nem aí para a Covid e seus mortos, tanto que suas declarações são chocantes e sem a menor preocupação em dissimular. O que ele quer é destruir seus inimigos e faz isso também de forma despudorada e debochada.

  2. DISTRAÇÃO,DESVÍO DE FOCO,PALHAÇADA,ENGANO.
    Ninguém convive com os números da Covid sem sofrer dano, e como evita-lo????
    fazendo isto , e pior !!! nós entramos nessa !!
    1.300 mortos contabilizados nas últimas 24 horas,com tendência ao aumento,O RESTO NÃO TÊM A MENOR IMPORTÂNCIA,(e isso eles sabem)

  3. A pandemia não é NADA diante da tragédia política, institucional, judicial, social em que o Brasil mergulhou. O país foi sequestrado, sob o beneplácito do povo mais imbecil do planeta. O que está sendo plantado por essa turma, pode nos condenar a um futuro assustador em pleno século XXI.

  4. A percepção da população em geral, até mesmo entre os “arrependidos”, de que a corrupção é a origem de todos os males do Brasil, não mudou. Bolsonaro vai ganhar é muito com isso.

  5. A percepção da população em geral, até mesmo entre os “arrependidos”, de que a corrupção é a origem de todos os males do Brasil, não mudou. Bolsonaro vai ganhar é muito com isso.

  6. Diante da demonstração de força oposicionista dada pelas manifestações de domingo, o bolsonarismo resolveu usar sua última carta. Há algum tempo atrás, quando da saída de emergência do Marreco e da devida repercussão na grande mídia hegemônica, escrevi que o tripé bolsonarista havia perdido dois de seus sustentáculos: o apoio juridico-justicialista e o apoio cúmplice do baronato da midia, mais alinhados com o extremismo “cheiroso” dos tucanos que com a crueldade do justiçamento miliciano. Diante do enfraquecimento individual e da tentativa de criação de um movimento — no sentido sociológico do termo — pela “centro-direita” financeiro-peessedebista, inclusive instrumentalizando a justa indignação e desespero popular e objetivando sua derrubada sem alterar a política econômica, Botolini vai exibir a carta da força bruta, a única que lhe resta e, paradoxalmente, a que mais gosta de fazer uso. Os elementos que ousam, ou ousaram (haja vista a rápida capitulação de Witsel), brincar de oposição dentro da estrutura institucional, verão que deixaram exposto seu flanco mais frágil, não tendo brecado a tempo o aparelhamento dos órgãos de segurança pelo braço forte do projeto miliciano. Serão devassados, intimidados e deverão rapidamente escolher entre a capitulação e humilhação pública (nada mais a gosto dos truculentos) ou a execução política, pela prisão pessoal e dos seus. Os próximos inquiridos no “dá ou desce” serão os edis do Legislativo, ainda mais ao alcance que os governadores, pela capivara que a maioria possui. O embate institucional, se ocorresse, seria com o Judiciário, mas francamente duvido muito que o mesmo, embora mais altaneiro e arrogante por suas premissas, vá comprar briga com marginais claramente dispostos a tudo. Infelizmente, vai sobrar novamente para o grosso da população, que deverá escolher entre a perda do frangalho democrático que ainda resta e entregar-se ao despotismo iletrado de primatas (como os agressores da anestesista carioca, p.ex.) ou jogar dados contra a morte por infecção em movimentos massivos de rua no ápice de uma pandemia mortal, para exigir o retorno do Estado de Direito e amparar os membros institucionais que comungarem do mesmo objetivo e que ainda forem capazes de lutar. Sem embates frontais, não haverá nenhuma chance contra o desespero do projeto fascista, o problema é que novamente custará muito caro aos que menos deveriam pagar.
    Triste arremedo de pátria que tornou-se pária…

  7. Diante da demonstração de força oposicionista dada pelas manifestações de domingo, o bolsonarismo resolveu usar sua última carta. Há algum tempo atrás, quando da saída de emergência do Marreco e da devida repercussão na grande mídia hegemônica, escrevi que o tripé bolsonarista havia perdido dois de seus sustentáculos: o apoio juridico-justicialista e o apoio cúmplice do baronato da midia, mais alinhados com o extremismo “cheiroso” dos tucanos que com a crueldade do justiçamento miliciano. Diante do enfraquecimento individual e da tentativa de criação de um movimento — no sentido sociológico do termo — pela “centro-direita” financeiro-peessedebista, inclusive instrumentalizando a justa indignação e desespero popular e objetivando sua derrubada sem alterar a política econômica, Botolini vai exibir a carta da força bruta, a única que lhe resta e, paradoxalmente, a que mais gosta de fazer uso. Os elementos que ousam, ou ousaram (haja vista a rápida capitulação de Witsel), brincar de oposição dentro da estrutura institucional, verão que deixaram exposto seu flanco mais frágil, não tendo brecado a tempo o aparelhamento dos órgãos de segurança pelo braço forte do projeto miliciano. Serão devassados, intimidados e deverão rapidamente escolher entre a capitulação e humilhação pública (nada mais a gosto dos truculentos) ou a execução política, pela prisão pessoal e dos seus. Os próximos inquiridos no “dá ou desce” serão os edis do Legislativo, ainda mais ao alcance que os governadores, pela capivara que a maioria possui. O embate institucional, se ocorresse, seria com o Judiciário, mas francamente duvido muito que o mesmo, embora mais altaneiro e arrogante por suas premissas, vá comprar briga com marginais claramente dispostos a tudo. Infelizmente, vai sobrar novamente para o grosso da população, que deverá escolher entre a perda do frangalho democrático que ainda resta e entregar-se ao despotismo iletrado de primatas (como os agressores da anestesista carioca, p.ex.) ou jogar dados contra a morte por infecção em movimentos massivos de rua no ápice de uma pandemia mortal, para exigir o retorno do Estado de Direito e amparar os membros institucionais que comungarem do mesmo objetivo e que ainda forem capazes de lutar. Sem embates frontais, não haverá nenhuma chance contra o desespero do projeto fascista, o problema é que novamente custará muito caro aos que menos deveriam pagar.
    Triste arremedo de pátria que tornou-se pária…

  8. Tem que postar material da campanha do Witzel com o Bozo e vinculara a corrupção deles como ato conjunto. A esquerda é muito boa em “pensar”, mas é igual a enceradeira: roda, roda, mas não sai do lugar, não sabe expressar o que pensa.

  9. Sobre estas ações “isentas” da amada PF da bananilandia, pondero/lembro que muitas situações de gastos que hoje e principalmente no AMANHÃ serão taxadas de SUPERFATURADAS, ETC, ETC, devem sempre ser analisadas com o olhar do dia/época em que ocorreram (nos casos até aqui basicamente/resumidamente respiradores superfaturados).

    Considerar hoje superfaturado algo que se compara com compras com PREÇOS NORMAIS e TEMPOS NORMAIS não é honesto moralmente (minha avaliação).

    Só para exemplo: neste mesma época (recente, 60 70 dias atrás) o país não tinha alcool gel….mascaras…este era o contexto desesperador dos governadores e prefeitos atirados ao mar (Mandetta inclusive havia confiscado toda a compra e produção que ocorresse no territorio)…lembremos então do único remédio que até aqui tem salvado realmente as pessoas: os RESPIRADORES.

    Obs.: não estou isentando os ladrões que assim agiram, mas antes de EU queimar alguma reputação vou SEMPRE analisar caso a caso, e pessoa a pessoa envolvida na questão. O nefasto ainda vai mirar a PF em governadores e prefeitos progressistas e ai? Teremos que defende-los, conceitualmente falando. Os ladrões de fato, cadeia.

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