Covarde, ‘mimimi’ de Guedes sobre censo vai atiçar o “Centrão”

O bestialógico de Paulo Guedes de ontem para hoje, foi coroado por suas declarações cândidas sobre o Censo de 2021, dizendo que o Congresso havia cortado suas verbas por conta da pandemia, que iria impedir a busca de informações “de casa em casa”.

E olhe que a competição é dura, porque tem coisas como “é ruim as pessoas quererem viver 100 anos” porque dá muita despesa, “os chineses inventaram o vírus”, “a vacina chinesa é ruim” e por aí vai.

Desde ontem era voz corrente entre os repórteres em Brasília que as substituições no Ministério da Economia foram consumadas à sua revelia.

Será que ele espera que o “Centrão” vai reconhecer que é dele a culpa de não haver censo e, candidamente, sugerir que se cortem R$ 2 bilhões nas emendas parlamentares para viabilizar o Censo?

Mas o que levou Paulo Guedes a acelerar a torrente de bobagens que, ironizando, levou o competente analista econômico José Paulo Kupfer a falar numa “Taxa Paulo Guedes”, a TGP que é um “um índice de evidência do nível da crise, que varia na razão direta do acúmulo de declarações sem noção do ministro da Economia”?

Duas fraquezas: a da economia brasileira e a dele próprio .

Propõe-se ao leitor uma questão simples: será que há, como dizem as estatísticas do Ministério da Economia, um saldo de quase 700 mil empregos novos criados desde o início da pandemia, em março passado?

Basta dar uma volta no quarteirão, olhar as lojas, os bares, os restaurantes, isso se você não quiser acreditar nas séries do IBGE, que registram recordes em desempregados (14,3 milhões) e em desalentados, os que desistiram de procurar uma ocupação (5,3 milhões). Ambos recordes de uma série de pesquisas que vem desde 2012.

A dele, porque Jair Bolsonaro o suporta, por enquanto, para não sinalizar o fracasso ao mercado onde Paulo Guedes ainda é visto como “mal menor” dentro de um governo ensandecido que pretende uma gastança sem freios na esperança da reeleição. Sim, porque o programa econômico de Jair Bolsonaro é idêntico ao dos deputados do Centrão: avançar sobre o Tesouro para fazer uma festa em 2022.

De “Posto Ipiranga”, Paulo Guedes viu-se reduzido a “fazer chupeta” atrás de algumas gotas de combustível para uma máquina que todos sabem que não terá com que se mover em poucos meses.

E a turma que viu na pandemia a oportunidade de fazer rodar a “guitarra”, como se chamavam antes as emissões, agora na forma de emissões de dívida, depois de defenestrado o fiscalista Rodrigo Maia, quer o controle do cofre.

Guedes está abalado pela crescente perda de poder e sua reação, agressiva e desaforada, faz com que as asneiras sejam uma forma de aliviar-se das pressões, que só acaba por leva-lo a mais fragilidade.

Está, assim, num limbo: não pode cair, mas não dirige mais a política econômica (se é que há uma).

 

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