Covid-19 dispara na região Sul. Santa Catarina tem piores números

A região Sul do Brasil já atingiu, na segunda fase da pandemia do novo coronavírus, indicadores mais assustadores do que na primeira.

Nas últimas 24 horas, foram 17,8 mil casos novos da doença, exatamente o mesmo que em toda a Região Sudeste, que tem uma população três vezes maior.

Santa Catarina apresenta a pior situação, com 8,2 mil casos em 24 horas, quase o mesmo que os 8,9 mil registrados em São Paulo, que tem uma população 6,5 vezes maior.

Em todo o país, os 52 mil novos casos – número também comparável ao dos picos vividos em junho/julho – deixam no ar o temo que as festas de natal e Ano Novo sejam tragicamente marcadas por mortes que, como se sabe, ocorrem duas ou três semanas depois do surgimento da doença.

Sobre o rascunho de plano de imunização apresentado pelo Ministério da Saúde, há pouco o que comentar por ser um plano de vacinação sem vacinas que, por enquanto, ainda são projetos. Mas fica claro que fechar as opções é um erro, ainda que procedente o critério de dar prioridade a fórmulas que exijam menos aparatos para transporte e conservação.

O fato é que, no curto e médio prazo não haverá um único tipo de vacina que se possa dispor em quantidade e será preciso ter flexibilidade no seu uso. Vacinas como a da Pfizer e da Moderna, que exigem temperaturas extrabaixas para transporte e armazenamento podem se prestar para regiões metropolitanas, onde é possível criar rapidamente depósitos adequados, de onde se abasteçam os postos de vacinação.

Em tese, isso liberaria as vacinas que dependem de cadeias de frio menos exigentes para a aplicação em cidades médias e pequenas.

Mas tudo isso está ainda em tese, porque as vacinas contratadas pelo Brasil ainda são hipóteses: a Coronavac chinesa ainda não exibiu os resultados de sua fase 3 e a de Oxford, pelas falhas nos testes, teve de refazer parte deles.

Ainda estamos bem perto da “estaca zero” e vamos pagar um preço terrível por isso, como pagamos, no início da pandemia, com o atraso nas compras de testes e respiradores que, como agora as vacinas, ficarão escassos e caros no mundo.

 

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