Cristina Kirchner derrota a “Proconsult” argentina

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Por uma margem de 20.324 votos (0,21 ponto percentual dos votos válidos), a ex-presidente Cristina Kirchner venceu o candidato governista, Esteban Bullrich, nas eleições primárias para o Senado na Província de Buenos Aires nas eleições primárias, há 15 dias.

A província de Buenos Aires – não a cidade, eleitoralmente separada – concentra cerca de 40% do eleitorado portenho. E será, como sempre, decisiva nos resultados políticos – mais que os parlamentares – da eleição definitiva, a 22 de outubro.

Cristina, que vem sendo objeto de uma intensa caçada judicial – qualquer semelhança será mera coincidência? – deu a volta por cima com seu partido Unidad Ciudadana e se habilitou à disputa com seis vezes mais votos que o candidato Florencio Randazzo, do Partido Justicialista (peronista)  de onde vieram ela e seu marido, Néstor, ex-presidente morto em outubro de 2010.

A apuração eleitoral ma Argentina se dá em duas fases. A primeira, expressa – chamada por lá de “conteo rápido” –  em geral aponta o resultado em poucas horas mas, como a cédula é de papel, uma segunda fase (gerida pelo Judiciário, foco de resistência a Cristina) determina os números finais.

E desta vez, a apuração rápida gerou uma intensa guerra política. É que ela começou pelas áreas mais ricas e, contados 20% dos votos, o candidato do presidente Maurício Macri comemorava a vitória, pois tinha aberto seis pontos de vantagem.

Mais ou menos como aconteceu no Rio, em 1982, no episódio Proconsult, as urnas da periferia “ficavam para depois”. Lá, maioria das mesas  não contadas era da terceira seção eleitoral, uma área que abriga um reduto dos votos kirchneristas. Esta seção tem, simplesmente, três vezes mais eleitores ( 4,3 milhões) que toda a cidade de Buenos Aires, para que se tenha ideia de seu tamanho.

A apuração foi andando e, na madrugada, com 99% dos votos contados, esta diferença havia se reduzido a 0,08%.

Agora, nos números definitivos, inverteu-se. “Conheceu-se a verdade, ganhamos”, disse a candidata.

Ainda não. Mas a liderança que, depois da vitória de Macri julgava-se morta, está viva e forte para disputar e vencer a segunda maior eleição argentina, logo atrás da presidencial, em outubro.

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16 respostas

  1. O Kirschnerismo não tinha acabado, assim como o Petismo? Ah. Acabou mesmo, mas só na midia pois, na rua o povo desmente essa fake news.

      1. É que este que representa os pobres, deu palestras para empresas muito ricas e, devido aos seus feitos, tais como tirar 36 milhões de irmãos meus (e seus também, viu?), além de tirar o país do mapa da fome e elevar o Brasil de 13a a 6a economia mundial, foi chamado para mostrar histórias de sucesso. Nada que nenhum capitalista despreze quando se trata de incentivar seus empregados a lhes aumentar o lucro. Lula não é pobre, representa aqueles que querem deixar a pobreza. Você entende o que foi dito. Se faz de cínico… só não se faz de burro, porque ser desta direita já é um sinal terrível de baixa capacidade cognitiva e de inteligência emocional.

        1. já fhc pode ter um apto em paris de 10 milhões de dólares…fruto do trabalho como professor….mas defende os interesses da casa grande e td bem…seus filhos fizeram gato e sapato…td be.

  2. Grande Christina Kirchner ! Que os argentinos aprendam a lição depois de terem eleito um subalterno vendido.

  3. Bem…pena que a margem foi pequena! Na eleição vai ser uma batalha duríssima…aguardemos.

  4. Fernando, se você puder ler este comentário até o final, agradeço.

    Lá como cá e em vários outros países da América Latina vem ocorrendo essa perseguição implacável contra as lideranças e partidos de esquerda. O Romulus, que tem um blogue excepcional de bom, publicou um texto e um link para uma recente apresentação do Rafael Correa no França:

    http://www.romulusbr.com/2017/08/na-franca-ex-presidente-do-equador.html

    Ao final do texto, ele também faz uma excelente sugestão/provocação que deveria ser passada adiante:
    ***********************
    A RESPOSTA DEVE SER CONJUNTA

    Como o fenômeno é o mesmo, com as mesmas táticas e os mesmos objetivos estratégicos, acredito que deveria haver coordenação também do “nosso” lado.

    Sugiro, por exemplo, para começar, um encontro entre TODAS as lideranças de esquerda do continente. As perseguidas (Lula, Cristina K., R. Correa, Lugo, Maduro, e até José Sócrates (Portugal), …) e outras, solidárias (Evo, Mujica, o próprio Melénchon, …). E, no final do evento, a publicação de uma declaração conjunta, denunciando o “esquema” concertado golpista transcontinental.

    Sugiro, ademais, que tal encontro se realize no Brasil, tendo Lula como anfitrião. Afinal, Lula é a primeira peça do “dominó” a ser derrubada: seu processo é o mais avançado e a eleição que querem viciar com a sua cassação é a mais próxima (“2018”).

    Que tal, lideranças?
    ***********************

      1. Oi Antonio. Entendeu o que significa falta de capacidade cognitiva? Te chamei de idiota e você com seus dois neurônios capengas não entendeu.

  5. Alguém deixou algum cachorro solto por aí, pois por umas três vezes sujei meu sapato, tropeçando em ‘cocô de cachorro’ em forma de comentário. Que o dono coloque ele na coleira!

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