Ainda bem que o José Simão já inventou a expressão que diz que o Brasil é o “país da piada pronta”.
Eu ia escrever sobre o prêmio de “gestão hídrica” ganho ontem pelo governador Geraldo Alckmin quando me atropela a manchete dos sites de notícia: Eduardo Cunha dava a palavra final na propinagem na diretoria internacional da Petrobras.
Então, ficamos assim: é Eduardo Cunha quem decide se acata e põe em votação os pedidos de impeachment de Dilma Rousseff por conta da corrupção na qual ele, Cunha, dava “a palavra final”.
Então, com sua maioria da Câmara, afasta Dilma, contra quem não pesa nenhuma acusação pessoal, e segue no comanda da Câmara, apesar de estar nominado por cidadãos confessos como o “chefe” da patranha.
E aí ela vai a julgamento num Senado onde quase 20% (13 senadores) dos que a julgarão são acusados pela Procuradoria Geral da República.
Será que é preciso dizer que é risível – e trágico – o que está acontecendo com o bom senso neste país?
11 respostas
Curioso como a coxinhada se manifesta primariamente na (dispensável, por este motivo) sessão de comentários do feicebuque aqui no blog. É viva o bolsonaro pra cá, é petralha pra lá… O preço da democracia é aturar o analfabetismo político
Brito
Há um detalhe que não pode passar despercebido.
PMDB passou as duas semanas anteriores apresentando propaganda partidária, com a ausência de Cunha.
Apenas na primeira chamada Cunha estava presente.
Isso não é nada desprezível e creio ser uma , ainda que pequena, demosntração de que os demais caciques (seja lá o que isso significa) desembarcaram dele; tipo se vira malandro.
Não creio que darão as costas ao Cunha. Ele deve saber muito.
Boa tarde,
o que posso falar!!!
Discurso do impeachment é só para encurralar Dilma. Não tem chance nenhuma de ir à frente . Nem preocupa. O Tijolaço nem devia dar bola p esse discurso. Merece desprezo.
Mas a culpa é dela (dilma) que não faz nada, nem nomeia um ministro para a justiça. Ela transformou a vitória qua demos à ela nas urnas em derrota.
Para ver o cinismo desses golpistas!
Bandidos estão no comando do PMDB (entre eles o Achacador, autor da Emenda Tio Patinhas e dono de uma bancada na Câmara dos Deputados) e nos meios de comunicação do PIG. Tem até um juiz delinquente que vive atacando o PT!
Isso tudo é risível sim mas muito triste pois o mau exemplo vem de onde não deveria. A culpa da imprensa do PIG é notória e a estupidez das pessoas que nela acredita é absurda; não raciocinam, não tem análise crítica de nada. Soma- se a isso a justiça do Paraná com métodos de investigação da Idade Media. Estamos de volta a idade das trevas. Deus nos livre destes males e que o Brasil possa trabalhar paz.
Não é risível, é trágico.
Cunha foi eleito com grande apoio financeiro do empresariado paulista capitaneado por Paulo Skaf da FIESP para fazer lobby e se possível aprovar leis que retiram direitos dos trabalhadores e da sociedade de forma geral.
A ausência total da presidente desde que foi reeleita, permitindo em nome de uma democracia que só ela via que o Aécio fizesse o que tem feito, como aceitou as passeatas com todas as agressões pessoais, algumas tipificadas no Código Penal. Um ministro da justiça que não existe, a não ser pelo nome e benesses do cargo. Um inútil!
Em nenhum momento buscou ou pediu apoio aos que a elegeram.
Meteu os pés pelas mãos cedendo aos ímpetos do PT que queria a presidência da câmara e acabamos com Eduardo Cunha. Um lobbysta de primeira, aquele mesmo que tentou de todas as formas impedir a aprovação do marco regulatório da internet.
Ele acabou presidente da câmara e com seus cúmplices fez aprovar sem maiores discussões o que havia prometido ao empresariado.
Colocou o governo de quatro, convulsionou a economia e continua chantageando a presidente com a ameaça de impeachment.
A economia degringola a cada dia, o país está parado, indústrias suspenderam obras e investimentos e pelo andar da carruagem, o governo será obrigado a vender a joia da coroa, senão totalmente, acredito que parcialmente abaixando a principal bandeira da presidente, uma Petrobras forte e brasileira.
Hoje vemos discussões sobre quem do PMDB será o novo Ministro da Saúde e discussões sobre outros ministérios que devem ser entregues ao partido para tentar comprar apoio político.
Desde que foi reeleita, da presidente soubemos: anda de bicicleta, deu entrevista ao Jô, falou a blogueiros e em nenhum momento convocou uma cadeia de rádio e TV para por os “pingos nos is” ou seja, enquadrar o moleque de Minas e todos que não aceitavam o resultado da eleição, ditar os rumos do país de acordo com seu programa de governo.
O que temos hoje, uma presidente enclausurada no palácio, que atendeu todos os pedidos, queria entregar os anéis para não ficar sem os dedos e acabou sem os braços.
Ministério da Saúde, segundo a presidente um ministério que lhe é caro entregue, mais dia menos dia, a BR Distribuidora será vendida, a Distribuidora de Gás, venda acertada.
O que está faltando para termos um governo tucano?
De que adianta se manter no cargo se não governa, se não pode implementar seu plano de governo prometido durante as eleições?
Alguns veículos de mídia estrangeiros escrevem que se Dilma for deposta o Brasil volta a ser uma República das Bananas.
Pensando bem o que importa isso!
Pelo andar da carruagem, perderemos definitivamente nossa soberania, ou pelo menos a capacidade de um dia sermos um país soberano. Lembro palavras do Gustavo Franco quando era presidente do BC no primeiro governo FHC que em resumo dizia que o Brasil deveria ser um entreposto sem se preocupar com indústrias ou estatais. Ele trabalhou para isso entregando os bancos estaduais enquanto o resto do governo entregava as estatais.
A presidente tem se mostrado extremamente inábil, foi assim com os assessores, mantém dois inúteis no ministério, Cardozo e Mercadante, ministros inúteis em busca de apoio político. Só não foi à fonte do verdadeiro apoio, o povo que a elegeu.
Permitiu com sua visão distorcida que considera as manifestações que temos um exercício de democracia que o fascismo que sempre existiu e estava latente, aflorasse com força total.
Ficará no poder até que a pauta de leis que retiram ganhos da sociedade sejam aprovadas e assim que forem aprovados os projetos, mudança no sistema de partilha e terceirização, será defenestrada do poder.
É uma questão de tempo!
E a suprema ironia será a CLT ser enterrada ao tempo de um governo do Partido dos Trabalhadores.
Michel Temer assume um mandato tampão com apoio do DEM, PSDB, PPS e outros. Acaba ou reduz drasticamente os programas sociais preparando o país para Geraldo Alckmin ou outro qualquer assumir.
Convulsão social, não acredito.
As únicas convulsões sociais que vi ocorrerem neste país foram aquelas capitaneadas pela direita, como em 64 e as que ocorrem nestes dias.
Em dois ou três meses tudo estará consumado e voltaremos a ser o que éramos, uma república bananeira cujo regime sempre foi a canalhocracia.
Procurem informações sobre como está Honduras depois do golpe que houve por lá.
Como eles, passaremos a escrever poemas, odes e músicas para louvar o sonho da plena soberania.
A grande tragicomédia brasileira!