Tal qual o resultado da pesquisa de 1° turno, também a simulação de 2° turno da pesquisa Datafolha mostra que Lula segue numa posição mais que confortável para uma eventual disputa com Jair Bolsonaro, com 55% contra 34%. Embora menor que a vantagem da pesquisa anterior – 59 a 30% – isso representa, nos votos válidos, 62 a 38%, em números arredondados.
Para situar: no desastre de 2018, Bolsonaro teve 55,13% dos votos válidos em segundo turno, superando Fernando Haddad, com 44,87%.
É fato que Bolsonaro se beneficiou, como é natural, da expressão do Auxílio-Brasil e que provavelmente vai recolhendo alguns pedaços da votação que perdeu para a chamada Terceira Via, que patina, atolada em baixíssimos índices de adesão, o que é demonstrado pelas simulações que a pesquisa faz com seus candidatos enfrentando Lula (que vence todos) e Bolsonaro, que reverte boa parte da desvantagem que tinha para eles.
Só nos sonhos da Terceira Via, com a máquina do governo nas mãos, Bolsonaro ia dissolver-se completamente, de forma que um deles viesse a ser adversário de Lula na rodada final das eleições.
A rejeição absoluta – “não voto de jeito nenhum” – do atual presidente seguiu o mesmo caminho, caindo de 60% para 55%, mas Lula não apresenta qualquer aumento neste índice, ficando nos 37%.
O quadro de polarização está igual e, grosso modo, nas mesmas proporções há quase um ano.
Sólido, portanto.