Desemprego recorde: governo vive em outro Brasil

Ontem, Jair Bolsonaro e Paulo Guedes comemoravam um suposto aumento importante no número de empregados com carteira assinada, ao menos nos registros de empregados e desempregados do Ministério da Economia.

Hoje, o IBGE, jogou um balde de gelo na “direita festiva”, revelando que nunca tivemos uma taxa de pessoas a procurar em vão por trabalho – 14,6% da força de trabalho, ou 14, 1 milhões de brasileiros – que está ainda pior que os 6,2 milhões que vivem de raros biscates (tecnicamente “insuficiência de horas trabalhadas) e outros 6 milhões que, simplesmente, desistiram de procurar por uma ocupação.

Não há exagero nos números: chegamos, nesta última Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar à menor marca de pessoas trabalhando:

A população desocupada (14,1 milhões de pessoas) subiu 10,2% (mais 1,3 milhão de pessoas) frente ao 2ª trimestre (12,8 milhões) e subiu 12,6% (1,6 milhão de pessoas a mais) em relação mesmo trimestre de 2019 (12,5 milhões).
A população ocupada (82,5 milhões) chegou ao patamar mais baixo da série histórica e caiu 1,1% (menos 880 mil) frente ao trimestre anterior e 12,1% (menos 11,3 milhões) frente ao mesmo trimestre de 2019.
O nível de ocupação (47,1%) foi o mais baixo da série, caindo 0,8 p.p. frente ao trimestre anterior e 7,7 p.p. contra o mesmo trimestre de 2019.

Este é o Brasil que se vê nas ruas, nas calçadas das grandes e médias cidades, o Brasil real. Muito diferente do festivo país do Guedes.

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