A jornalista Thaís Oyama, no UOL, diz que Jair Bolsonaro teria confidenciado a uma assessor próximo que não espera ter mais que 30% dos votos em um 2° turno nas eleições de 2020 (se houver 2° turno , acrescento eu).
Bem, isso não seria mais que uma concessão ao óbvio, porque – pesquisa após pesquisa – é isso o que os levantamentos eleitorais lhe dão, já a algum tempo.
O perigo é o que o atual fará, diante disso. E do tamanho do primeiro perigo, o de uma ruptura, teremos logo uma ideia, menos por quanta gente vá aos seus atos golpistas e mais pelo nível de radicalismo e agressividade que terão.
O outro perigo, que relata este interlocutor de Bolsonaro, é que “o presidente sabe que só conseguirá superar a desvantagem em relação ao seu provável concorrente mediante a execução de programas de assistência vultosos, como um Auxílio Brasil vitaminado e a distribuição de vouchers para compra de gás de cozinha”.
E isso só vai se agudizar neste mês de setembro, com o “pancadão” da energia, sua disseminação pelos preços em geral e um provável novo aumento dos combustíveis (o petróleo está alta no mercado mundial).
Portanto, é grande a chance de que o país entre numa situação de (mais) insânia governamental, com uma completa desorientação dos agentes econômicos. Sim, todos eles já sentem como o carro da economia está derrapando, mas uma coisa é derrapar, outra e entrar em modo de descontrole total.
Há sinais de que, acumulando fracasso após fracasso, a hora final de Paulo Guedes e que seu substituto seja alguém que vista o manequim da demagogia com mais facilidade que o ex-Posto Ipiranga e tente a aventura de medidas econômicas “populares”.
Bolsonaro, que se autoconcedeu uma idiota medalha de “imbrochável, imorrível e incomível” não vai deixa de dar o abraço de afogado no país, no seu desespero final.
A um ano e um mês das eleições, tem desespero para isso.