É preciso ser muito ingênuo para acreditar que Sergio Moro viajou aos Estados Unidos para ajudar sua “conja” a vender mesa, cadeiras e panelas que usou em sua passagem como diretor da Álvarez & Marsal, empresa especializada em administrar falências, inclusive aquelas que o ex-juiz provocou: a Odebrecht e a OAS.
Evidente que, com as pesquisas internas que tem à sua disposição – ainda mais agora que se tornou comum que levantamentos sejam encomendados por instituições financeiras, todas “amigas” do lavajateiro – foi uma ausência estratégica para não ter que ficar lamentando os modestíssimos números com que aparece.
Pelo twitter, em textos lacônicos e em vídeos gravados mecanicamente – ainda que com a dicção melhorada, parece ler como um robô, no melhor estilo Bolsonaro – fala do que quer e cala sobre o que não quer.
Nem mesmo as entrevistas “amigas”, como a de Pedro Bial, o juiz dá mais.
Anuncia seu “programa de Governo” em artigos publicados no site de “jornalimorismo” do qual a gente não fala o nome aqui e fala que vai criar a tal “Força Tarefa contra a Pobreza” juntando “a elite” dos Ministérios. Não sei se o Japonês da Federal será convocado para levar “quentinhas”, porque não há a menor pista do que a ideia significa, a não ser um “chamariz social” para sua candidatura.
Moro está completamente perdido, nas mãos de gente que entende mais de cachorro bichon frisée que de povão, mas por suas últimas “manifestações remotas” já é possível sentir que seu tom será outro.
Vai voltar para tentar uma segunda linha tática, já que a primeira, a de se mostrar “vítima” de Bolsonaro, não deu certo.
O fogo morista, agora, será todo contra o PT e Lula, para se vender ao eleitorado que segue com Bolsonaro.