Direita deve ir ao 2° turno no Equador por 0,05% dos votos

Até a tarde de hoje, quem iria disputar o 2° turno das eleições presidenciais no Equador com Andrés Arauz, candidato do ex-presidente Rafael Correa (32,44% dos votos) era o líder do partido indígena Pachakutik, Yaku Pérez.

No início da noite, numa reviravolta, o ex-banqueiro Guillermo Lasso, passou-lhe a frente com pouco mais de cinco mil votos , o equivalente a 0,06% do total, com 99.86% das urnas apuradas, faltando 57 delas a contar e 1019 em revisão.

O Pachakutik, um partido de esquerda, tenderia, em tese, a apoiar o candidato de Rafael Correa.

Mas Pérez, seu líder, está dizendo que há fraude e que ela vem sendo perpetrada “desde a Bélgica”, numa referência a Correa, que está exilado lá, depois de que Lenín Moreno, o presidente que elegeu quatro anos atrás, voltou-se contra ele e aderiu à direita. Depois, mais diretamente, acusou Correa de “meter a mão” nos resultados eleitorais.

O segundo turno vai ser confuso. O quarto colocado, Xaxier Hervas, com votação pouco abaixo das de Pérez e Lasso, diz que não apoiará nem Arauz nem Lasso e também se mostra hostil a Rafael Correa. a quem chama de ditador.

Somados, os três candidatos que se definem como “esquerda” têm perto de 70% dos votos populares, mas parecem estar dispostos a dar uma bela chance a direita.

 

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