E a “austera” Cármen Lúcia é a madrinha deste absurdo…

Bela Megale, em O Globo, anuncia que a Secretaria de Comunicação da Presidência da república vai pagar -vai no popular – uma “jabá” para a apresentadora Luciana Gimenez e Carlos Roberto Massa – o Ratinho –  para defenderem, em seus programas, a reforma da Previdência que Jair Bolsonaro mandou ao Congresso.

Os valores não foram divulgados, mas não deve ser pouco, tendo em vista que ambos se desgastam ao exporem sua imagem assim, perante o público.

Não é preciso muito para argumentar  sobre a imoralidade de se usar dinheiro público para criar estados de ânimo na população destinados a pressionar – ou, ao menos, “amaciar” – deputados e senadores. Ou usar concessões públicas, os canais abertos de televisão, para interferir no voto dos parlamentares.

Muito provavelmente, isso será barrado na Justiça de 1ª instância, mas só está acontecendo porque a senhora Cármem Lúcia, em 2017, derrubou um mandado de segurança que havia proibido o Governo Temer de veicular propaganda pró-reforma.

Ela merece mesmo ficar orgulhosa de ser a “madrinha” do “jabá” de Ratinho e Luciana Gimenez.

O chefe da Secom-PF, Fábio Wajngarten, colocado no posto por Carlos Bolsonaro, comandou a ação de merchandising, que inclui, é claro, convites “espontâneos” para que o pai vá dar-lhes “entrevistas” para atacar os “vagabundos” que querem a “moleza” de se aposentarem depois de 35 anos de trabalho duro.

O general Santos Cruz, superior hierárquico de Wajngarten, vai ficar no “vácuo”, outra vez.

É a liberdade de imprensa em ação, não é mesmo?

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13 respostas

  1. Quem se aposenta com 30 ou 35 anos de trabalho é vagabundo. E quem se aposenta com 11 é o que?

    1. Quem se aposentou com 11 anos de trabalho como professor – FHC – virou presidente e quem foi reformado no Exército aos 33 para não ser expulso – Messias – também.

    2. No caso de Bolsonaro, ele se aposentou por tempo de indisciplina, devendo-se lembrar ainda que ele percebia adicional de periculosidade pelas tentativas de explodir bombas em quartel!

  2. Entrevista do Freixo ao ElPais:

    “… Para mim, existe um grande problema de fundo que é a desconstitucionalização do debate previdenciário. Essa é a grande questão. Estão lançando uma PEC que toca em alguns pontos, com vários bodes na sala que vão sendo tirados… Mas eles aprovam a reforma e depois, por lei complementar, empurram o que mais interessa a eles, que é o sistema de capitalização. Para mim esse é o grande eixo do debate. Acho importante debater idade mínima e tempo de contribuição, em todos esses campos vamos fazer um debate profundo e dizer por que somos contra ou a favor desses pontos.

    P. O que deveria ser proposto então no campo previdenciário e tributário?

    R. Temos que fazer um debate sobre que forma a tributação pode enfrentar a desigualdade social. Você tem que tirar a tributação do consumo e jogar para a renda e grandes fortunas.

    P. Mas de que forma isso pode aumentar a arrecadação e sustentar a previdência? Ao tirar do consumo e passar para a renda, o efeito não pode ser neutro?

    R. Mas nesse caso você aumenta a capacidade de consumo da sociedade, o que aumenta a capacidade de arrecadação do Estado. A economia cresceu na era Lula por causa de uma série de fatores, mas também porque houve investimento no consumo. Capacidade de consumo dos setores populares gera crescimento econômico. Então, refazer a lógica tributária sobre renda e retirar do consumo é fundamental para que o Estado tenha capacidade de garantir uma previdência social. Aí podemos discutir vários outros pontos…”

    https://brasil.elpais.com/brasil/2019/04/11/politica/1554988590_970235.html

  3. Entrevista do Freixo ao ElPais:

    “… Para mim, existe um grande problema de fundo que é a desconstitucionalização do debate previdenciário. Essa é a grande questão. Estão lançando uma PEC que toca em alguns pontos, com vários bodes na sala que vão sendo tirados… Mas eles aprovam a reforma e depois, por lei complementar, empurram o que mais interessa a eles, que é o sistema de capitalização. Para mim esse é o grande eixo do debate. Acho importante debater idade mínima e tempo de contribuição, em todos esses campos vamos fazer um debate profundo e dizer por que somos contra ou a favor desses pontos.

    P. O que deveria ser proposto então no campo previdenciário e tributário?

    R. Temos que fazer um debate sobre que forma a tributação pode enfrentar a desigualdade social. Você tem que tirar a tributação do consumo e jogar para a renda e grandes fortunas.

    P. Mas de que forma isso pode aumentar a arrecadação e sustentar a previdência? Ao tirar do consumo e passar para a renda, o efeito não pode ser neutro?

    R. Mas nesse caso você aumenta a capacidade de consumo da sociedade, o que aumenta a capacidade de arrecadação do Estado. A economia cresceu na era Lula por causa de uma série de fatores, mas também porque houve investimento no consumo. Capacidade de consumo dos setores populares gera crescimento econômico. Então, refazer a lógica tributária sobre renda e retirar do consumo é fundamental para que o Estado tenha capacidade de garantir uma previdência social. Aí podemos discutir vários outros pontos…”

    https://brasil.elpais.com/brasil/2019/04/11/politica/1554988590_970235.html

  4. Lembro novamente da expressão de Mino Carta ao se referir à mesma nefanda criatura: “QUE GENTALHA”.
    Eu sou mais vulgar: BRUXA.

  5. Tentei comentar no outro post e não consegui FB. Quer dizer agora que o esquizofrênico da Virgínia agora é um “verdadeiro fã para muitos”? Quem são esses muitos que o bruxo tá admirando? Seria um deles o “conje” de curitiba?

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