É a guerra, afinal. Não devia começar, precisa terminar

É escassa e pouco esclarecedora a informação que se tem a respeito da ofensiva russa sobre a Ucrânia, até agora e, ao que parece, não será diferente nas próximas horas.

Os russos entraram na região do Donbass, nas províncias (em russo e ucraniano, chamadas de oblast) de Luhansk e Donesk, neste último também no porto de Mariupol, que havia sido tomado pelos separatistas nos conflitos de 2014 e retomado pelo Exército da Ucrânia.

Nas outras regiões do país, a ação, ao que se sabe, envolve o bombardeio de bases de aviação e depósitos de material bélico, indicando uma provável intenção de inviabilizar contra-ataques em profundidade dos ucranianos.

Até este instante, há relato de sete mortes, segundo o jornal O Globo, citando agências internacionais.

Embora o Ocidente viesse há semanas dizendo que a ofensiva russa era certa, a capacidade de reação a ela parece não ir além das declarações de repúdio e nenhuma delas apontando caminhos para que a diplomacia possa contê-la.

Até onde ir, neste momento, parece decisão exclusiva de Vladimir Putin, que se aproveita da incapacidade de se apresentar uma proposta para um acordo diplomático viável e vai avançando, passo a passo.

Não é possível que o Ocidente queira fazer diplomacia apenas com ameaça de sanções comerciais e bancárias, sem tomar a iniciativa de abrir uma porta de emergência para que o mundo saia desta crise.

Infelizmente, o mundo está sem estadistas capazes de grandes lances, como seria agora o de chamar a China para compor um acordo, criando uma pressão que Putin não pudesse ignorar ou manipular.

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