Eduardo Leite, a política com a ética da traição

Eduardo Leite voltou de sua viagem aos Estados Unidos em clima de campanha, fazendo videoclipes sobre de feiras de tecnologia “para o Rio Grande e para o Brasil”.

Dá-se como certo que será mais um dos candidatos de si mesmo na “Terceira Via”, filiando-se ao PSD de Kassab, que topa ter qualquer nome para ocupar o lugar de candidato sem o ser, de fato, papel a que se prestava, até agora, o insosso Rodrigo Pacheco.

Há três meses, pouco mais, Leite disputou uma eleição prévia dentro do PSDB para a escolha do candidato presidencial. Perdeu para Dória e foi posar para aquelas clássicas cenas de unidade, mãos dadas e braços erguidos.

Agora vai renegar tudo isso e apresentar-se como candidato por outro partido?

Quem é que pode fazer acordos com um cidadão que age assim. Quem é, pior ainda, que pode acreditar em seu respeito a urnas?

Nenhuma simpatia por João Doria, é claro, mas quem poderá discordar dele quando disser que Eduardo Leite porta-se como um moleque?

Como poderá falar de ética na política sem colocar o interesse próprio acima de tudo e a traição como método para alcançá-lo?

“A política ama a traição”, sempre repetia o velho Brizola, “mas abomina o traidor”.

Leite, se candidato, está fadado a ser um fiasco, no mesmo pântano eleitoral em que está atolada a sua vitima, o governador de São Paulo.

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