Um sujeito que se refere à filha mais nova como resultado de “uma fraquejada” não precisa e mais nada para sublinhar sua misoginia.
Mais que ninguém, porém, as mulheres provaram o quanto são fortes, sendo sempre a maior resistência àquele que pregava o ódio e a intolerância.
É bom lembrar que as últimas pesquisas de 2018, mesmo com toda a “onda” bolsonarista, indicavam que as mulheres rejeitavam mais que aprovavam o candidato.
Portanto, se ele está lá, a culpa é nossa, os homens, entre os quais a maioria tolerou – quando não apoiou – um homem que odeia as mulheres.
A luta feminina pela igualdade de direitos – na educação, no trabalho, na vida social, na liberdade, na escolha política (o voto feminino nem 100 anos tem aqui) – e por ser soberana sobre seu próprio corpo vem de longe e não terminará tão cedo.
Até mesmo no direito à vida, porque há dois anos tergiversam sobre que matou e manou matar uma delas, Marielle Franco.
Mas hoje são as mulheres que precisam que os homens que de uma delas vieram não deem nenhuma fraquejada – sem aspas – e se somem à resistência contra o assédio indevido, a opressão e a agressão às mulheres, patrocinadas por esta gente que assaltou o poder em nosso país.