O Brasil está avançando, e muito, na produção de energia elétrica a partir do vento.
Um boletim da Câmara de Comercialização de Energia, divulgado hoje, registra que capacidade instalada das usinas eólicas em operação no Brasil passou de 2.250 MW para 2.758 MW entre fevereiro e março de 2014 – um crescimento de 22,6% em apenas um mês.
Só em março, entraram em operação 21 parques eólicos.
Em um ano, o aumento foi de 36% frente aos 2.027 MW instalados em março de 2013.
Nos próximos meses, este total subirá para perto 3.400 MW, equivalentes à usina de Belo Monte, no período de seca, ou a um terço dela, nas chuvas.
Em tese, porque a geração efetiva destas plantas é de um terço de sua capacidade total.
Como é, em taxas até menores, em toda a parte do mundo.
Porque isso é da natureza da geração eólica: é preciso instalar uma capacidade de 3 para ter certeza de gerar 1, pela razão óbvia de que o vento é variável.
Isso é ruim? Claro, embora a média brasileira supere a média mundial de aproveitamento, que é de 21%. Nos tr~es primeiros meses deste ano, a geração média correspondeu a 35% da capacidade instalada, o que nos coloca em patamar superior ao de países com maior potencial de geração eólica. Em 2012, os valores médios verificados para a China, Estados Unidos e Espanha, por exemplo, foram 18%, 33% e 24%, respectivamente.
Isso desqualifica a energia eólica? Não.
Até porque as usinas eólicas funcionam melhor nos meses de de menos chuva, o que amplia sua capacidade de funcionar como c0mplemento à geração hidráulica.
Toda a capacidade de geração da Alemanha, por exemplo, que é o país apontado como modelo no uso de energia eólica, teria uma capacidade de geração menor que 10% do consumo brasileiro de energia.
Nossa capacidade de geração de energia de origem eólica vai triplicar até 2018.
Ela é importante, importantíssima.
Ainda assim, vai representar menos de 10% da geração hidráulica.
Quem disser que a energia eólica, no curto e médio prazo, pode resolver os problemas energéticos do Brasil está sonhando ou mentindo.
9 respostas
As fontes de geração de energia buscam a complementaridade, não visam substituir uma pela outra, essa por aquela.
Diversificar é preciso. Umas usinas térmicas à gás e nuclear não podem ser dispensadas. Toda forma de energia, inclusive a fotovoltaica, deve ser explorada.
Mas, no Brasil, a hidroeletricidade deve ser sempre o carro-chefe.
Viver só de brisa é coisa de coxinha.
Abraços.
Se toda a capacidade eólica instalada = 01 Belo Monte “seca” e geração = 35%
então, todos os parques juntos = 35% de 33% ou 12% de Belo Monte “cheia”
Creio que o dano ecológico por energia gerada é muito, mais munto pior para os parques, considerando á área desmatada/isolada entre outros impactos.
Mas, só ouvi críticas para a Belo Monte.
Pra um blog que gosta de apurar as coisas direitinho e que se orgulha disso, exaltar que houve um crescimento de 22% “em apenas um mês”, soa errado. Parece até que todos os meses a energia eólica cresce na faixa dos 20%…
Gosto muito do blog, leio diariamemte, mas esse trecho foi infeliz.
Estou contente de ver que todas as opiniões acima são muito apropriadas, fruto de conhecimento de causa e sem ilusões tolas próprias de muitos ambientalistas. Queria reforçar que todas as formas de geração de energia devem ser exploradas visando diminuição do uso de combustíveis fósseis, porém muitas delas são inconstantes, como a eólica, fotovoltaica e a das marés, todas muito caras, de manutenção difícil e baixa produção. Sendo assim, as formas mais limpas e confiáveis de energia e portanto as que devem ser mais exploradas são, pela ordem, a hidroelétrica e a gerada por usinas atômicas. A propósito, os municípios onde estas ventoinhas são instaladas deveriam pedir ressarcimento por causa da poluição visual que elas provocam, principalmente nas áreas turísticas.
Energia, sempre precisamos dela, eólica, hidráulica, atômica, etc. por isso sempre é bem vinda. Quanto a poluição visual, a energia produzida compensa o desconforto da poluição.
Essa energia não é assim tão verde. Às vezes, ela assume a cor do sangue. Veja os vídeos:
http://youtu.be/8NAAzBArYdw
http://youtu.be/jwVz5hdAMGU
http://youtu.be/CEersoJLtRw
Outra dificuldade da energia eólica é que não temos condições de acumular energia elétrica, mas podemos acumular água, combustível nuclear, gás, carvão, óleo, etc, e infelizmente não podemos acumular vento. Isso traz inconstância ao sistema.
Man-made structure/technology
Associated bird deaths per year (U.S.)
Feral and domestic cats
Hundreds of millions [source: AWEA]
Power lines
130 million — 174 million [source: AWEA]
Windows (residential and commercial)
100 million — 1 billion [source: TreeHugger]
Pesticides
70 million [source: AWEA]
Automobiles
60 million — 80 million [source: AWEA]
Lighted communication towers
40 million — 50 million [source: AWEA]
Wind turbines
10,000 — 40,000 [source: ABC]