Espionagem canadense? Nome aos bois: espionagem dos EUA

A revelação de Glenn Greenwald de que os documentos do ex-agente Edward Snowden, agora asilado na Rússia, mostram atividade de espionagem canadense sobre o Ministério das Minas e Energia não é, em nada, menos grave do que aquela de que os EUA, diretamente, bisbilhotaram os arquivos da Petrobras.

E não abranda sua gravidade que a subserviência da mìdia brasileira não faça dela manchete,  porque tudo tem o mesmo fim.

O destino das informações é o mesmo e o objetivo é idêntico: obter segredos minerais e comerciais para nos controlar e saquear, seja em jazidas, seja nas trocas comerciais com outros países.

Embora funcione, neste caso, como agente americano, o Canadá é um país autônomo e deve responder pelos atos de suas agências de governo, como a Agência Canadense de Segurança em Comunicação (Csec), responsável pela violação.

E a conversa de que a invasão não  apresenta “qualquer indicação de que o conteúdo das comunicações monitoradas tenha sido acessado”, mas “apenas quem falou com quem, quando, onde e por qual meio” é totalmente pueril. Certamente os canadenses, agindo em nome dos EUA, não estavam querendo saber fofocas pessoais, nem ia parar apenas no mapeamento, já que o sistema usado quebra os códigos de segurança e dá acesso ao teor das mensagens.

As posições tomadas pelo Brasil precisam ser as mais enégicas. Não apenas porque o ato em si é tão grave quando o dos norte-americanos quanto porque, em relação ao Canadá, a reação de seu Governo não pode ser a olímpica indiferença de seu Governo, como fez o dos EUA.

Embora alguns nanicos morais cheguem ao absurdo de considerar “normal” que os Estados Unidos nos espionem, certamente o fato de isso ter virado “uma festa” que envolve, também, outros países vai acender o debate sobre as garantias da soberania nacional nos foruns internacionais.

E ajudará o mundo a avançar, por pouco que seja, para uma ordem internacional que respeite todas as nações.

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9 respostas

  1. “Embora alguns nanicos morais cheguem ao absurdo de considerar “normal” que os Estados Unidos nos espionem…”

    Estes são os que dou a alcunha de “Brasicanos”,são muitos e sua patria por afinidade e interesses são os EUA.

    O Nacionalismo faz falta ao país,e nacionalismo não tem partido,é simplesmente a postura ideológica de se colocar firmemente na defesa dos interesses da nossa nação e contra os dos alienigenas usurpadores.

    A esquerda precisa urgentemente se despir da paranóia do militarismo golpista de 64 e passar a enxergas as nossas forças armadas,como a unica barreira possível que garantirá nossas riquezas e território.

    O ex-presidente Lula da Silva enxerga claramente esta questão.

    Sem forças armadas fortes e bem equipadas que lhes dê suporte, não existirá nunca um governo com uma diplomacia afirmativa e soberana,Rio Branco também ensina isso.

    É preciso a união dos nacionalistas,sejam de esquerda,centro ou direita para que tenhamos principalmente e em primeiro lugar uma esquadra poderosa e bem equipada,com forte poder de dissuasão a aventureiros; que garanta a soberania de nossas aguas,que são a presente e futura maior riqueza mineral, e de nosso comercio maritimo,riqueza existente nelas que se materializa em projetos enormes hoje, e seja o cadeado que impeça que nosso portão seja arrombado ao bél prazer de algum alienígena safado.

    O mundo vem se tornando uma terra de ninguem,a Onu uma caricatura,ou nos preparamos para poder agir por conta própria em nossa defesa,ou estaremos entregues ao mero e aleatório giro da roleta em Las Vegas.

    1. Para isso, chega de contingenciamentos do orçamento para pagar mais juros ao “mercado”. Precisamos de bases secretas, com unidades de desenvolvimento e produção de armas secretas. Chega de comprar todos os armamentos e investir todas as nossas fixas no “mercado”. Sem armas secretas não há elemento surpresa e a dissuasão, o medo que devemos oferecer ao inimigo para que ele pense mil vezes antes de nos atacar, fica muito comprometida.

  2. Caro FERNANDO, o CANADÁ é um dos chamados, se não me engano, CINCO OLHOS falados nos documentos divulgados por SNOWDEN. Coincidentemente são os CINCO PAÍSES QUE TEM ORIGEM NA INGLATERRA, OS ANGLO-SAXÕES (EUA, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e o Reino Unido). Ou seja, os ingleses e seus DESCENDENTES, ESPIONAM e tentam DOMINAR o mundo econômica e militarmente. É também por isso q a THE ECONOMIST faz matérias criticando a nossa economia. Forte abraço, SÓCRATES.

    1. De nada adianta chamar o embaixador para dar explicações quando se sabe que a desculpa será a mesma e com o mesmo grau de cinismo que dão os americanos! O Brasil precisa tomar medidas práticas à altura da ofensa sofrida. Por exemplo, impedir que as empresas dos países envolvidos em espionagem, participem de qualquer negócio no campo de energia, mineração, compra de terras, etc. Não é mais simples e eficiente? No mínimo elas vão espernear e chamar a atenção das demais nações e dos organismos internacionais para essa repinagem sem controle e sem represálias ou punições financeiras!

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