Frete sobe até 14%. Inflação em cima de tudo

 

Hoje, discretamente, saiu no Diário Oficial, a nova tabela de valor mínimo do frete rodoviário estabelecida pela Agencia Nacional de Transportes Terrestres, a ANTT, com uma majoração entre 11 e 14%.

A repercussão no preço de tudo dispensa comentários.

Por enquanto, é claro, porque não é preciso ser vidente para saber que a situação na Ucrânia vai piorar, entes de melhorar. Só tolinhos acreditam que a escalada militar russa está empacada, sem combustível, munição e comida e a ponto de ser escorraçada pelas milícias formadas pelos ucranianos.

O quadro tende, é evidente, a agravar-se e repercutir mais fortemente na economia mundial. Não dá para achara que as tensões vão se abrandar, seja no preço do petróleo, seja na alta do preço dos alimentos ou na do insumo essencial para eles, os fertilizantes.

Não é possível tratar esta crise como pontual, como algo a desfazer-se em 15 ou trinta dias.

A imprensa parece estar mais interessada em dizer que “Putin pagou ônibus” do que entender que não há sinais de desestabilização rápida do regime russo, o que era o grande objetivo da reação do Ocidente com as sanções econômicas.

Estamos diante de uma crise de médio/longa duração e não temos uma política econômica para fazer frente a ela.

Deveríamos, neste momento, estar taxando as exportações de produtos agrícolas, para segurar a elevação de preços no mercado interno, ao mesmo tempo em que se desonerava a importação de fertilizantes, seu principal insumo, ao lado d frete, do qual são dependentes nossas exportações, mas cujo custo será impiedosamente jogado no mercado interno.

Mas não se pode mexer nos ganhos do agro, porque o “agro é pop” e “o agro é Bolso”.

Estamos caminhando para mais dois meses de inflação acima do 1% e vamos começar o período eleitoral com uma taxa acima de 10% ao ano, sem sinal de baixar.

 

 

 

 

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