Globo: não vamos perder o foco

O destino do caso Globo está, agora, nas mãos da imprensa e do Ministério Público.

Da imprensa porque, se rompida a cortina de silêncio  que ela desceu sobre este escândalo, as forças capazes de investigar o assunto, ouvir pessoas, requerer documentos e, finalmente, apontar  e responsabilizar os culpados terão de se mover.

Do Ministério Público, porque este é o seu papel  e, dentro da corporação há gente honrada e lúcida o bastante para ver como não se sustenta, do ponto de vista do amplo persecutio criminis que é seu dever, sua inação em relação ao obvio beneficiário do delito da ex-servidora ao surrupiar o processo da Globo.

Não é bom, para a apuração da verdade, que trabalhemos com ilações.

Digo isso porque, desde hoje cedo, quando foi publicada matéria de Amaury Ribeiro Jr., no Hoje em Dia, de Minas, gastei horas  procurando saber quem é Luis Fernando Meinick Ribeiro, irmão da servidora condenada e qual sua participação no processo, por ele ser apontado, na reportagem, como um suposto contato “lulista” da Globo no caso, por ser diretor de comunicação da Petrobras.

Ocorre que alguém passou informação errada a Amaury, dizendo que ele seria ex-diretor de comunicação da Petrobras, não sei de de boa ou má-fé. Acontece que o Luís Fernando, que é gerente e não diretor de comunicação da BR Distribuidora, empresa vinculada à Petrobras, é Meinicke, com E no final, e não é Ribeiro.

Consegui contato com Luís e ele, ao que parece, compreendeu a confusão de nomes.

Luís Fernando Meinick Ribeiro existe, sim, mas trata-se, provavelmente, de um ex-funcionário outra estatal, desligado dela há dez anos e sem qualquer ligação política com o governo Lula.

Isso acontece com qualquer profissional, e aconteceu comigo, outro dia mesmo aqui, quando anunciei que a matéria sobre o caso iria ao ar na Record. Sei que os repórteres, neste caso, também erraram por receber uma informação incorreta. Amaury já está ciente disso, por um amigo comum,  e vai retificar a informação errada, bom-caráter que é. É do ofício, como é do ofício corrigir e preservar o nome das pessoas acidentalmente atingidas, sem razão para sê-lo.

Ainda mais neste processo, cheio de coisas estranhas, onde parece que tem muita gente procurando conduzir a verdade ao descaminho, de onde repórteres sem cumplicidade, como Amaury Ribeiro Jr, vão acabar por tirá-la.

E aí, querendo ou não, mídia e Ministério Público não poderão continuar a se omitir.

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2 respostas

  1. O processo judicial é público. Basta digira o nome da Creusa e aparece lá! O da minha mãe aparece…. e muito. O da Globo, não? Há processo, SRF?

  2. O processo judicial é público. Basta digira o nome da Creusa e aparece lá! O da minha mãe aparece…. e muito. O da Globo, não? Há processo, SRF?

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