Governo em frangalhos: Salles cai; ruralista entra

A demissão do ministro Ricardo Salles, infelizmente, não é uma esperança na mudança na política ambiental brasileira.

Para o seu lugar vai um ruralista, Joaquim Álvaro Pereira Leite, ligado à Sociedade Rural Brasileira, celula mater da Frente Parlamentar da Agropecuária.

Tende a ser, como Salles, um ministro da devastação ambiental.

Há uma certeza – a de que ele foi demitido e não demitiu-se – e várias possibilidades para este desfecho, não excludentes entre si.

A primeira é a de que o governo precisava de um fato para distrair atenções deste Covaxin Day.

Outra, um aviso amigo de que Salles está na iminência de tornar-se réu por contrabando de madeira.

E, por fim, por ter perdido qualquer capacidade de participar dos negócios ambientais que fazem parte hoje da economia e da diplomacia.

Joaquim Pereira Leite não tem a menor passagem nos círculos ambientalistas, diálogo zero com os players do setor.

É nome escolhido não para brilhar, mas para apagar-se e seguir na linha de “Garimpeiros acima de todos; madeireiros acima de tudo”.

O ministro da devastação, de fato, ainda é o mesmo: Jair Messias Bolsonaro.

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