Guerra na Síria. Isis está prestes a perder a última cidadela

cerco

Praticamente ignorada pela imprensa mundial, a Al Jazeera noticiou ontem a iminência do avanço do exército sírio sobre Deir EzZor, a cidade mais importante do lado Leste do país, onde o  Exército Islâmico (Isis ou Isil) tem sua maior concentração de combatentes.

Deir EzZor é o mais longo cerco da história militar moderna. A cidade está cercada pelos soldados do Isis desde julho de 2014, mais de três anos, oito meses a mais do que o cerco de Stalingrado, na 2ª Guerra, que virou símbolo de resistência ao nazismo.

São 120 mil pessoas vivendo, desde então,praticamente sem água, alimentos e outros suprimentos, sem energia elétrica, apenas com o que é lançado por ar, pelos aviões sírios, russos e da ONU (veja aqui o lançamento de víveres).

Segundo o Observatório Sírio dos Díreitos Humanos, sediado em Londres, as tropas sírias estão a 19 km da entrada da cidade, bem mais próximo que o último mapa que se pode obter, que vai ao final do post.

Os dramas humanitários – que são dramas humanitários seja qual for o “lado” político – parecem não ser importantes quando o “lado” não é o que interessa.

Mas é notícia, não apenas pelas vidas que envolvem como porque é, na prática, o marco do final do que já foi o quase completo domínio da Síria pelo Exército Islâmíco, que já havia perdido a sua “capital”, Mossul, no Iraque.

mapa1

 

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