Hoje, no TSE, o fel contra o mel

A presença próximo a Bolsonaro não vai alterar o pulso (nem o comportamento) do ex-presidente Lula, hoje, na posse de Alexandre de Moraes na presidência do Tribunal Superior Eleitoral.

O mesmo não se pode dizer – isto se ele for, mesmo – sobre Jair Bolsonaro, vendo ali, de perto, o homem que simboliza os obstáculos a suas pretensões continuístas.

É provável que, indo, contenha-se e se limite a algumas caretas e esgares, sorrisos puxados para os lados.

O olhem que ele deverá estar com o seu tanque de fel abaixo da metade, porque vai despejá-lo, daqui a pouco, com o ato que escolheu para abrir sua campanha oficial, uma visita ao local da famosa facada de 2018.

De alguma forma, é uma espécie de “volta às origens”: a celebração do ódio e da insanidade que são o alimento de sua vida.

Não é aquela ferida, que lhe deu a eleição de 2018, a que lhe dói.

É a de ver, dia a dia, aproximar-se a hora de uma escolha livre dos brasileiros e, por isso, vai despejar mentiras e fake news contra seus adversários e contra o sistema eleitoral que expressará a vontade pública dos brasileiros.

Lula também irá ao TSE depois de uma volta às origens, com uma visita aos trabalhadores da Volkswagen de São Bernardo do Campo. Vai renovar o que fazia há 50 anos, quando começava a despontar como líder operário e chamaria de louco quem achasse que seria o que foi e é em nossa História.

Chegará em Brasília de alma leve e cheio de gratidão à vida, não como um ressentido com os 580 dias de injustiça que viveu numa cela da Polícia Federal.

Observe bem os dois quando as tevês transmitirem a cerimônia onde Lula estará em seu lugar e Bolsonaro fazendo o que pode para camuflar seu ódio às eleições, a Lula e à Justiça Eleitoral.

Um vive uma farsa; outro, um destino.

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