Na coluna de hoje de Monica Bergamo, a “volta do que ainda não foi”.
A notícia é que o banco BTG Pactual recebeu o apresentador Luciano Huck num almoço para 40 pessoas, boa parte “investidores”.
Queriam que Huck voltasse atrás, outra vez, e saísse candidato a presidente.
O argumento é o de que há um vácuo na política e que ele pode ser uma “tremenda” liderança. Um dos convidados perguntou o que era necessário fazer para que o apresentador mudasse de ideia —ele já disse três vezes, em artigos publicados na Folha, que não pretende concorrer. E reafirmou isso à plateia.
O desespero patético por uma candidatura “salvadora” é um sinal que, na multidão de micróbios que viceja na sucessão presidencial, o “mercado” não encontrou ninguém que julgue capaz de oferecer-se como alternativa eleitoralmente viável.
Sérgio Moro seria outro “step” para os pneus furados do carro da direita, obrigado a trafegar por terrenos pedregosos para alcançar o objetivo do golpe. Mas tem a inconveniência de, até nesta terra já sem pudores, ser candidato logo depois de mandar prender o adversário que o derrotaria.
A eleição é habitada por dois “fantasmas”: Lula e Bolsonaro.
Juntos, eles têm 60% dos votos, numa eleição onde outros quase 20% não se mostram dispostos a votar em ninguém, parcela quase igual à que se reparte entre a extensa lista de presidenciáveis.
Não acho provável que Huck volte à disputa, na qual sempre se conservou na “borda” e, na última “desistência”, expôs-se ao ridículo de dizer que ia “ali chorar um pouquinho” e voltaria.
O problema de voltar é que ninguém pode lhe garantir o que seria “necessário’ para que o apresentador se aventurasse como candidato.
A blindagem sobre seus negócios e seus ganhos, que a pequeníssima exposição na grande mídia no episódio do jatinho financiado pelo BNDES mostrou que pode ser devastadora.
6 respostas
Fernando Brito, o fantasma que assombra a candidatura do incrível icK. Para se ter uma medida do desespero do “mercado” Temer começa a transformar-se em um nome palatável. Precisa só combinar com a Globo, que demonstrou estar ainda afiada em golpear a democracia, mas que perdeu a mão em fabricar e eleger presidentes desde que o PT alcançou a presidência.
Há mais de um ano escrevo aqui: Nem Boçalnaro nem Luciano Huck são os candidatos que a direita golpista, oligárquica, plutocrata, escravocrata, cleptocrata, privatista e entreguista deseja e precisa. Embora apresentador de programa de auditório na televisão e, por isso mesmo, conhecido no Brasil inteiro, Luciano Huck tem ‘rabos’, ‘encontros’, ‘parcerias’ e negócios suspeitos demais, os quais nem mesmo a blindagem e associação criminosa com o PIG/PPV são capazes de ocultar. O caso do jatinho é apenas um deles. Em tempos de internet, as fotos e vídeos de LH com Aécio e outros canalhas da direita golpista já viralizaram e estão arquivadas por milhares de pessoas. De nada valerá LH apagar imagens comprometedoras nas páginas que ele mantém nas redes sociais e na web. Por mais promíscua que seja a relação de LH com autoridades da política e dos sistema judiciário, a Globo e satélites não conseguirão impedir que negócios suspeitos ou francamente ilegais, movidos a negociatas e propinas, feito por LH e empresas de fachada, tanto dele como de aliados, cheguem ao conhecimento dos eleitores. A Globo sabe disso e que, hoje, é impossível recriar uma versão 2 de Collor. O PIG/PPV ainda tem (ou pensa que tem, pois se as FFAA se postassem contra o golpe de Estado, não haveria sistema judiciário e midiático capaz de enfrentá-las; se quisessem, as FFAA poderiam fechar o Congresso e convocar eleições; os EUA e seu alto comando golpe teriam, então de mandar tropas e enfrentara as FFAA brasileiras, para consolidar o golpe e a rapina de nossas riquezas e setores estratégicos) poder para derrubar e leger presidentes da república, mas a realidade não é bem assim.
Boçalnaro sofreu apenas um ataque com artilharia de peso; e isso foi suficiente para balançá-lo, tirando-o da zona de conforto. Alguns que se sentem aterrorizados com a possibilidade de Boçalnaro vir a disputar um 2º turno minimizaram a exposição que um jornal do PIG/PPV fez acerca da evolução patrimonial da família Boçalnaro, a qual se mostra incompatível com a renda legal auferida por um parlamentar e ex-capitão do Exército. É certo que o PIG/PPV sabe de muito mais coisas sobres os Boçalnaros. Além disso, o judiciário golpista tem sido leniente com os Boçalnaros, embora vários crimes tenham sido (e continuem a ser) cometidos pelos integrantes dessa família, principalmente pelo patriarca. Embora Boçalnaro tenha o apoio de militares de pijama, o ex-militar bunda-suja é visto com ceticismo na cúpula e nas alas mais esclarecidas das FFAA. A fala moderada e tolerante do comandante do Exército, General Eduardo Villas Bôas, acerca de Bolsonaro não deve ser lida e entendida na literalidade, já que, ao longo dos anos, esse comandante e as alas a ele ligadas NUNCA tiveram relações próximas ou de apoio a Bolsonaro.
O golpe prospera porque as FFAA estão nele metidas dos pés à cabeça. E, ao contrário do que muitos de nós pensávamos, há um alinhamento entre os Generais Eduardo Villas Bôas e Sérgio Etchegoyen, que são, respectivamente, o comandante formal e o de fato do Exército. Eles são conterrâneos e as famílias deles se conhecem desde quando eram meninos. Se as FFAA não fizessem parte da trama golpista, JAMAIS aceitariam o que fizeram como Vice-Almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva nem acompanhariam silentes, omissas, cúmplices e coniventes ao desmonte e ao entreguismo perpetrados pelos golpistas.
Correto.
Interessante argumento: JAMAIS aceitariam!!! E o fato das famílias terem relação de longa data é mesmo sintomático. Pobre Brasil!!!
A esquerda não precisa se preocupar com huck, nem boçalnaro, alckmin, dória, meireles, maia, etc. São bois de piranha, e como suas candidaturas, suas queimadas na largada também são voos de galinha, enjoam rápido, por isso se repetem. A grande cartada da direita está sendo preparada aos poucos. Cozida à mineira, mas vem do Paraná – Álvaro Dias. Fingindo que não emplaca, vão guardar suas fichas pra última hora (justamente porque sabem que as candidaturas da direita são voos de galinha, então, não adianta levantar voo cedo, é melhor deixar pro final). E Álvaro Dias é tão tucano, mas tão tucano, que não é tucano, é quase tucano, é Podemos, é quase limpo, é quase alguma coisa, mas tem pouca coisa contra si – não ocupa um cargo executivo há quase 30 anos, propositadamente – não apareceu muito, não queimou seu filme, não se expôs, não se revelou, também não se escondeu, é da direita, mas aceitaria uma marina silva, pra se dizer de centro, é globo, é record, é band, é moro, é dalagnol, é pmdb, mas não muito, mas é totalmente anti-pt, porém, sem gritaria, é quase perfeito, é o que a direita tem. E por isso mesmo, a direita o guarda a sete chaves, o mantém na disputa, quieto, sem alarde, com serenidade, pra levantar seu limitado voo de galinha na reta final, com apoio da globo, dos empresários, com o supremo, com tudo, contra a esquerda (e o Brasil). Não devemos subestimar nossos inimigos, pelos menos, não quem controla os fios.
Não subestime a capacidade da direita . Para eles bancarem e preservarem com um plus a mais os ganhos ganhando ou perdendo as eleições é um pulo . Somando se o que foi dito do vácuo , ele chegar em segundo turno , ” com a porra toda ” ( mídia , judiciário , mercado , etc ) . Ele não vai chorar mais , falando em perdas . Se já não tem vai ter centenas de contas em paraísos fiscais , laranjas também não vai faltar